Bolsonaro e sua nova ‘Revolta da Vacina’ viram deboche na web

O presidente defendeu que a imunização contra a covid-19 não deve ser obrigatória e gerou revolta na internet

Internautas não engoliram a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a uma apoiadora em e debocharam dele, levando o termo “Revolta da Vacina” aos assuntos mais comentados do Twitter, nesta terça-feira, 1º. A fã pediu a ele que não deixa a vacinação contra a covid-19 seja obrigatória e Bolsonaro respondeu: “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Web debocha de Bolsonaro o acusando de atiçar a nova Revolta da Vacina
Créditos: Agência Brasil
Web debocha de Bolsonaro o acusando de atiçar a nova Revolta da Vacina

“Ô Bolsonaro, não deixa fazerem esse negócio de vacina, não viu? Isso é perigoso”, pediu uma fã de Bolsonaro. “Vacina nenhuma, ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, consentiu o presidente. “É isso aí. Eu sou da área de saúde, farmacêutica, e em menos de 14 anos ninguém pode botar uma vacina no mercado”, argumentou a mulher anônima em questão.

Depois que Bolsonaro deu a polêmica declaração, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou, em suas redes sociais, uma peça publicitária na qual aparece em destaque frase dita pelo presidente se opondo à obrigatoriedade da vacinação.

Foi a após a publicação da Secom que na internet começaram as críticas ao presidente associando a sua declaração com a Revolta da Vacina.

A Revolta da Vacina aconteceu em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a idéia de ser inoculado com esse líquido. E ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.

Após intenso bate-boca no Congresso, a nova lei foi aprovada em 31 de outubro e regulamentada em 9 de novembro. Isso serviu de catalizador para um episódio conhecido como Revolta da Vacina. O povo, já tão oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade: ele foi às ruas da capital da República protestar. Mas a revolta não se resumiu a esse movimento popular. Setores políticos se unificaram na tentativa de um golpe de estado. Saiba mais sobre este período aqui.

Confira a repercussão:

Com informações da fundação Oswaldo Cruz.