Bolsonaro volta a minimizar mortes por covid: ‘país de maricas’
Presidente desprezou os efeitos da pandemia que já matou 162 mil pessoas no Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar os efeitos da pandemia covid-19 nesta terça-feira, 10. Durante evento no Palácio do Planalto, ele disse que o Brasil “tem que deixar de ser um país de maricas”. A doença já matou mais de 162 mil pessoas.
“Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar”, declarou em evento com empresários do setor de turismo.

Bolsonaro disse que o turismo foi “na lona” com a pandemia, que ele considera “superdimensionada”.
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“Vocês foram na lona nessa pandemia. Que foi superdimensionada. A manchete amanhã: ‘ah, não tem carinho, não tem sentimento com quem morreu…’. Tenho sentimento com todos que morreram. Mas (foi) superdimensionado”, disse.
Bolsonaro também debochou da possibilidade de o Brasil enfrentar uma segunda onda da covid-19, como já vem acontecendo na Europa.
“Agora já começam a enfrentar o povo brasileiro com uma segunda onda. Tem que enfrentar, pô, é a vida. Tem que enfrentar”.
Ataques à imprensa
Bolsonaro disse que sua vida é uma “desgraça” como presidente, momento em que mais uma vez atacou a imprensa.
“É problema o tempo todo, não tenho paz pra absolutamente nada. Não posso mais tomar um caldo de cana na rua, comer um pastel, assim que saio vem essa imprensa perturbar, pegar uma piada que faço com Guaraná Jesus para tentar me esculhambar”, completou.