Com gibiteca, professor luta para democratizar acesso à leitura em MS
Professor criou gibiteca com um acervo de 120 HQ's. Hoje conta com mais de 20 mil títulos
Transformar Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em uma cidade leitores, tornou-se o sonho do professor Ronilço Guerreiro há mais de 20 anos, quando ainda era um jovem apaixonado por histórias em quadrinhos.
Aos poucos tirou o projeto dos plano das ideias para realizá-lo na prática. Ainda trabalhava em um hotel na região central da capital sul-mato-grossense, quando inaugurou a Gibiteca Mais Cultura que, à época, reunia um acervo de não mais que 120 títulos.
Com ajuda das embaixadas das França e Austrália, o sonho do professor ganhou forma e repercussão. Até que um dia o projeto de Ronilço foi divulgado em uma emissora de TV e chegou ao conhecimento de Fábio Porchat, que, interessado pela iniciativa, decidiu apoiar as atividades da Gibiteca.
- Veio para São Paulo no feriadão? Então conheça 10 museus na cidade que dá para visitar usando apenas o metrô
- 3ª edição da FLID – Feira Literária de Diadema homenageia autores locais e ícone da literatura negra
- SP abre 1.145 vagas em cursos gratuitos na área da cultura
- 5 lugares lindos e baratinhos perto de Brasília para recarregar as energias
Assim, a Gibiteca passou a acontecer em dois novos formatos: a Gibicicleta, percorrendo as ruas de cidade em uma magrela e o projeto Livros Carentes, que prevê a doação de livros em estantes nos terminais de ônibus e calçadão no centro comercial da cidade.
Se quando abriu as portas da gibiteca, Ronliço contava com um pequeno acervo de 120 exemplares, hoje reúne mais 20 mil HQ’s com títulos como Turma da Mônica, Recruta Zero, Pato Donald, Asterix, Tintim, além de livros e outras publicações.
O sonho do professor aficionado por quadrinhos sobrevive graças a doações, dinheiro do próprio bolso ou com a ajuda de investidores. Por isso, caso queira dar sua contribuição é fácil. Basta acessar o site da gibiteca e fazer sua contribuição.
Em entrevista ao jornal Midiamax, Ronilço ressaltou a importância do projeto para a cultura local. “Livro parado não conta histórias. Estamos construindo uma cidade de leitores. Não digo ‘queremos construir’, pois já começamos! As próprias pessoas estão abastecendo as estantes com livros. Precisamos desses pontos de cultura em Campo Grande. Sem cultura, a violência vira um espetáculo”.