Com medo, Carla Zambelli apagou todos os seus tweets sobre a Covaxin
Compra da vacina indiana está sob investigação da CPI da Covid e pode constatar possível crime de prevaricação do presidente; o que Zambelli quer esconder?
Apoiadora convicta de Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) decidiu apagar cinco tweets em que mencionava a vacina Covaxin, cujo processo de importação é investigado pela CPI da Covid por suspeitas de irregularidades e superfaturamento.
Quem trouxe à tona a informação foi o projeto 7c0, que monitora mensagens apagadas de políticos com cargos públicos. Em uma publicação do dia 3 de março, Zambelli anunciava que o governo Bolsonaro havia comprado “20 milhões de doses da Covaxin”.
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“URGENTE: Vacina indiana Covaxin tem 81% de eficácia, afirma a fabricante @BharatBiotech. O Governo Bolsonaro comprou 20 milhões de doses da Covaxin, além de ter garantido 42 milhões via consórcio…”, dizia o tweet.
Em outra postagem, a deputada bolsonarista destacava a autorização da Anvisa dada para importação excepcional da Covaxin, além da russa Sputnik V. Ou seja, Carla Zambelli tinha informações de todos os trâmites que envolveram a compra da vacina indiana.
Em depoimento à CPI da Covid na sexta-feira, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmaram que denunciaram pessoalmente a Bolsonaro suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.
Caso isso seja confirmado, Bolsonaro pode ter cometido crime de prevaricação. Saiba o que é.
Cena ridícula
Na última segunda-feira, 21, Bolsonaro esteve em Guaratinguetá, São Paulo, e uma cena fez com que Carla Zambelli passasse a maior vergonha na web.
Ao ver Bolsonaro retirar a máscara e mandar uma repórter “calar a boca”, a deputada seguiu o presidente e também retirou o equipamento de proteção contra a covid-19, em claro sinal de subserviência a ele. Zambelli virou meme nas redes sociais. Assista aqui.