Cotado para Saúde, deputado é investigado por fraude

Luiz Henrique Mandetta (DEM) é investigado em um inquérito de tráfico de influência e de fraude à Lei de Licitações, segundo coluna do Lauro Jardim

13/11/2018 15:55 / Atualizado em 05/05/2020 12:09

Mandetta foi secretário de Saúde em Mato Grosso do Sul
Mandetta foi secretário de Saúde em Mato Grosso do Sul - Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

Cotado por Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) é investigado em um inquérito de tráfico de influência e de fraude à Lei de Licitações. O caso tramitava no STF, mas foi transferido para a Justiça Federal no Mato Grosso do Sul em setembro.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Mandetta foi secretário de Saúde em Mato Grosso do Sul e tem contratos investigados por suspeita de troca de favores pessoais relativos à sua campanha de 2010.

O inquérito sobre “tráfico de influência e de fraude à Lei de Licitações” apura “se a contratação do Consórcio Telemídia & Technology e da empresa Alert Serviços de Licenciamento de Sistemas de Informática para a Saúde, quando Mandetta era secretário de Saúde, ocorreu em troca de favores pessoais relativos à sua campanha de 2010”.

Ministérios

Duas semanas depois do segundo turno, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou sete nomes da sua equipe ministerial. Alguns escolhidos atuam diretamente no governo de transição.

Nas declarações públicas, Bolsonaro avisou que pretende reduzir de 29 para de 15 a 17 o número de ministérios, extinguindo pastas e fundindo outras. As informações são da Agência Brasil.

Veja os nomes confirmados e seus respectivos cargos:

Onyx Lorenzoni – deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul, assumirá a Casa Civil. Por enquanto atua como ministro extraordinário da transição;

General Augusto Heleno Ribeiro Pereira – oficial da reserva, assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). É chamado de “conselheiro” pelo presidente eleito;

Paulo Guedes – economista que acompanhou Bolsonaro durante a campanha, ocupará o Ministério da Economia (unindo Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio);

Sérgio Moro – juiz federal, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, assumirá o Ministério da Justiça (fusão com a Secretaria de Segurança Pública e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf);

Marcos Pontes – astronauta e próximo ao Bolsonaro, ficará à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia, que deverá agregar também a área do ensino superior;

Tereza Cristina – deputada federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul, engenheira agrônoma e empresária do agronegócios, assumirá o Ministério da Agricultura;

General Fernando Azevedo e Silva – é militar da reserva e atuou como assessor do presidente do Superior Tribunal Federal, Dias Toffoli. Assumirá o Ministério da Defesa.