Culpado por estuprar e matar enfermeira é liberado pela Justiça

No dia 30 de junho, o corpo da agente de saúde Fátima Viana, de 45 anos, foi encontrado após seu vizinho confessar o crime. Ainda assim, mesmo sendo culpado, Victor Rodrigues Ramos, 21 anos, foi liberado pela Justiça.

Fátima ficou desaparecida por um dia e foi encontrada dentro de uma casa abandonada na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Ramos contou à polícia que a estuprou, matou e escondeu seu corpo enrolado em um edredom.

Amigos e parentes da vítima se reuniram na Avenida Paulista para manifestar indignação com o caso
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Amigos e parentes da vítima se reuniram na Avenida Paulista para manifestar indignação com o caso

No entanto, a prisão preventiva foi negada pela justiça e ele foi liberado no mesmo dia que assumiu o assassinato. O documento que comprova que a prisão foi negada está sem assinatura de nenhum juiz.

Segundo o Plantão Judiciário, “(…) não vislumbro necessária a segregação cautelar para prosseguimento da investigação estando, portanto, indeferido o pedido de prisão temporária.”

Nesta última quarta-feira, dia 6 de julho, amigos e parentes de Fátima se reuniram na Avenida Paulista para demonstrar indignação com o crime e a decisão tomada pela Justiça. Os manifestantes vestiram camisetas com fotos do rosto da vítima.

O secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou uma nota de pesar à imprensa sobre a morte de Fátima:

“É com o extremo pesar que a Secretaria Municipal da Saúde comunica o falecimento de F.J.V.R., 45 anos, agente comunitária de saúde da Zona Norte da cidade, que foi vítima de um crime bárbaro. Ela trabalhava há 18 anos nesta função. Era uma profissional dedicada e comprometida na defesa de uma saúde mais humana e com mais qualidade. A secretaria manifesta sua solidariedade e força aos amigos e familiares neste momento difícil, e espera que as autoridades policiais possam solucionar o caso o mais rápido possível, punindo os responsáveis por esse crime bárbaro. Vamos continuar lutando por um mundo que respeite e proteja as mulheres.”

Assista matéria sobre o caso no site do SPTV.