Cunha depõe nesta quarta à PF e nega ter vendido silêncio a Temer

Com informações da Agência Brasil, o ex-presidente da Câmara dos Deputados depõe sobre conteúdo de delações da JBS que envolvem o presidente da República Michel Temer

14/06/2017 14:36

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha depõe nesta quarta-feira, dia 14, na Polícia Federal de Curitiba. A audiência começou às 11h , com a presença de um representante da Procuradoria-Geral da República. As informações são de Daniel Isaia, da Agência Brasil.

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB)
O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) - LUIS MACEDO

Cunha está sendo interrogado em inquérito que investiga o presidente da República Michel Temer após as delações premiadas de executivos da JBS. O presidente da empresa, Joesley Batista, gravou em março deste ano uma conversa no Palácio do Jaburu sobre a relação de Joesley com Cunha.

Nesta terça-feira, dia 13, a defesa de Cunha requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso às investigações da JBS, inclusive à gravação de Batista, com antecedência mínima de 48 horas do depoimento à PF. Por isso o documento enviado à Corte também pediu a readequação da pauta da audiência marcada para esta manhã.

Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos de prisão após investigações da Operação Lava Jato. Ele está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

O presidente da República nega as acusações da Procuradoria-Geral. Em documento enviado ao STF na semana passada, a defesa de Michel Temer afirmou que ele é “coadjuvante de uma comédia bufa, encenada por um empresário e criminoso confesso e agora está sendo objeto de uma inquirição invasiva, arrogante, desprovida de respeito e do mínimo de civilidade”.

Segundo o G1, Joesley Batista entregou a gravação de uma conversa com Temer em que o presidente diz ter dado aval para que o empresário continuasse pagando Cunha. O advogado do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Rios, disse que Cunha reafirmou que seu silêncio nunca esteve à venda e que nunca foi procurado por Temer para comprá-lo.

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