Governo gastou R$ 47 mi em picanha, maminha e filé mignon para militares

JBS firmou 30 novos negócios com a Defesa desde o início de 2019

Segundo dados do Portal da Transparência, o frigorífico de Joesley e Wesley Batista assinou contratos de R$ 47 milhões com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para fornecer alimentos congelados para militares –são peças de picanha, maminha e filé mignon.

Bolsonaro veta repasse de R$ 8,6 bilhões para combate a coronavírus
Créditos: Agência Brasil/Antônio Cruz
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A revista Crusoé revelou que houve uma negociação para manter o acordo da empresa dos irmãos Batista –assinado em 2017 e em riscos de ser rescindido– com a Procuradoria Geral da República envolveu a participação pessoal do presidente da República, do advogado Frederick Wassef e do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Nos últimos anos, a JBS pagou 9 milhões de reais a Wassef, ex-advogado de defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Atibaia outra vez

Ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Wassef é dono do imóvel em Atibaia (SP) onde Fabricio Queiroz foi preso no dia 18 de junho. Queiroz é ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, enquanto trabalhava para o filho para Flávio Bolsonaro na época em que ele era deputado estadual no Rio. Ele foi exonerado no final de 2018.

Queiroz foi preso a partir de mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).