Damares Alves reúne imprensa, ignora perguntas e sai sem falar nada
Neste Dia de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, a ministra convocou coletiva e depois explicou o que houve pelo Twitter
Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, reuniu a imprensa no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 25, mas ficou por poucos minutos em frente aos jornalistas, não respondeu às perguntas e saiu sem dizer palavra alguma. Esta é a data em que se lembra o Dia de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
Ao UOL, a assessoria de imprensa da ministra disse que foi uma encenação: “Objetivo era mostrar como o silêncio da mulher incomoda”.
No Twitter, Damares postou o vídeo em que fica muda e um outro dizendo que ninguém entendeu nada, mas que ela ia explicar.
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“Eu queria dizer para os repórteres que não podemos tirar a voz de nenhuma mulher. A mulher não pode ficar em silêncio. (…) Eu queria exatamente ficar em silêncio para dizer para eles que nenhuma mulher pode ficar sem voz no Brasil”, contou.
Veja os vídeos:
#ElaNãoPediu: Catraca lança campanha contra violência doméstica
Os números são impactantes: pesquisas mostram o crescimento de vítimas de feminicídio e agressões contra mulheres a cada ano no Brasil. De 2017 para 2018, por exemplo, a alta de feminicídios foi de 4%.
E por que #ElaNãoPediu? Simples: a campanha busca desmistificar frases reproduzidas pela sociedade, mas que são prejudiciais às próprias vítimas. Afinal, a mulher não apanhou por que “estava pedindo”, não pediu para sofrer violência psicológica, não pediu para ser impedida de exercer sua profissão, não pediu para ser humilhada, não pediu para ser afastada de amigos e familiares. Não. #ElaNãoPediu.
O lançamento tem como objetivo dar destaque ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado no dia 25. Mas a campanha tem três eixos:
– o primeiro é a produção de conteúdos que destrincham o problema e mostram caminhos possíveis para resolvê-lo;
– o segundo, a divulgação de uma websérie nas redes sociais da Catraca. Em quatro episódios, contamos histórias de mulheres vítimas da violência doméstica pelo Brasil e discutimos a questão a partir da análise de especialistas;
– o terceiro, a entrega, no dia 25, de uma ferramenta que centraliza programas de combate ao problema e também oferece, a partir de um quizz simples, caminhos para quem ainda não sabe que tipo de ajuda precisa para sair do ciclo da violência. São, inicialmente, 200 iniciativas, entre projetos do poder público e outros desenvolvidos pela sociedade civil, presentes nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Ouvimos histórias de vítimas dessas agressões que, quase sempre, têm um mesmo padrão: um ciclo que se repete por muito tempo até que a mulher consiga perceber que vive um relacionamento abusivo e que, na maioria das vezes, vai precisar de uma rede de apoio para conseguir romper este ciclo e se libertar do agressor.