Damares e o meme pronto: ‘menino veste azul e menina veste rosa’

Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro comemora "uma nova era no Brasil" e dá show de ignorância

Damares Alves: “menino veste azul, e menina veste rosa”
Créditos: reprodução/Youtube
Damares Alves: “menino veste azul, e menina veste rosa”

Damares Alves, a Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PSL), mostrou novamente que não deveria ocupar o cargo em que está. A “terrivelmente cristã”, como ela mesma se declarou, comemorou o início de uma nova era no Brasil, e gritou: “menino veste azul e menina veste rosa”.

O vídeo já viralizou nas redes sociais:

No Twitter, o termo “menino veste azul” figura nos trending topics nacionais. E, claramente, já se tornou meme.

Passados os memes (que, por sinal, estavam maravilhosos. PARABÉNS, INTERNET!), vamos falar sério agora? O que influencia no caráter, na dignidade humana, se uma criança quer usar azul, rosa, amarelo, vermelho ou qualquer que seja a cor?

O que influencia se uma criança quer brincar de carrinho ou de boneca? Quer jogar video-game ou bater uma bola com os amigos e as amigas? O que isso representa na condução do amadurecimento de uma criança?

Você já se fez essas perguntas, ou simplesmente reproduz conteúdo do zap zap?

Se a menina gostar de jogar futebol, por exemplo, ela pode se tornar uma Marta (aquela jogadora que foi considerada e melhor do mundo pela FIFA por cinco anos, sabe?). Se o menino gostar de brincar de boneca, ele pode ser tornar um ótimo pai, sensível e dedicado aos afazeres domésticos. Isso não seria de todo ruim, não é mesmo?!

Agora, se uma criança começa a desenvolver uma necessidade em se manifestar de acordo com o gênero oposto ao qual foi designado ao nascer, não precisa haver desespero. Você precisa dar apoio e acolhimento ao seu filho. Afinal, o amor deve ser incondicional.

Pensando nisso, a Catraca Livre retoma uma entrevista publicada em maio de 2017, na série “Mães que TRANSformam”, em que contamos a história de Zilda Vermont, que viu sua filha, uma mulher trans, ser assassinada. Confira: