Desejo de ajudar dá força a vítima de tiroteio eleita vereadora

Luciana Novaes teve o voto de 16 mil eleitores e assumirá cargo na Câmara Municipal do Rio

Em 2003, Luciana Novaes foi vítima de uma bala perdida que a deixou tetraplégica. O acontecimento lhe deu forças, “desejo de ajudar” e, 13 anos depois, ela foi diplomada como vereadora do Rio de Janeiro. As informações são do repórter Italo Nogueira, da “Folha de S.Paulo”.

Luciana Novaes, vereadora eleita pelo PT-RJ, com o prefeito eleito Marcelo Crivella
Luciana Novaes, vereadora eleita pelo PT-RJ, com o prefeito eleito Marcelo Crivella

Sua campanha foi simples, baseada em sua rede de contatos com entidades de pessoas com deficiência e nas mídias sociais, e eficiente: conquistou o voto de 16 mil eleitores.

De família também simples, foi a única dos quatro irmãos a fazer faculdade. E era justamente no intervalo entre provas do curso de Enfermagem da Estácio de Sá que ela estava quando foi atingida por uma bala, durante troca de tiros entre traficantes e polícia num morro próximo ao campus em que estudava.

Segundo a “Folha”, os criminosos haviam dado toque de recolher naquele dia, mas a Estácio se manteve aberta. Luciana conta que, como estava em época de provas e dependia de uma bolsa de 50% para se manter no curso, não foi embora.

A vereadora eleita diz que seu envolvimento político começou enquanto estava internada _ ficou no hospital por um ano e nove meses_, quando se aproximou de famílias de vítimas de violência e ajudou a coletar assinaturas para um projeto que pedia mudanças no Código Penal.

Na Câmara do Rio, que ganhou rampas para que ela possa circular, Luciana terá o apoio de duas técnicas de enfermagem, além da irmã, que considera seus “braços e pernas”. Leia a reportagem na íntegra.