Marielle: desembargadora resolveu pedir desculpas
Marília Castro Neves disse que deu sua opinião como cidadã
A desembargadora Marília Castro Neves está sentido as consequências de sua leviandade. Em entrevista ao jornal O Dia, ela não se mostrou arrependida por ter vinculado Marielle Franco ao crime organizado.
Mas mudou de opinião em novo post em sua página do Facebook, alegando que repassou de forma “precipitada” o que leu nas redes sociais sobre Marielle.
“Diante das manifestações contra meu comentário, proferido em uma discussão no Facebook de um colega, a respeito da morte da vereadora Marielle Franco venho declarar o que segue: no afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada, noticias que circulavam nas redes sociais. A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema”.
A magistrada complementa: “Reitero minha confiança nas instituições policiais, esperando, como cidadã, que este bárbaro crime seja desvendado o mais rápido possível. Independentemente do que se conclua das investigações, a morte trágica de um ser humano é algo que se deve lamentar e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei”.
Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, não está arrependida dos comentários que fez nas redes sociais alegando que Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março, tinha ligação com tráfico de drogas.
A desembargadora afirmou que as declarações a respeito da então vereadora do PSOL refletem apenas sua opinião como cidadã.
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Marília disse ainda que não conhecia a vítima e que apenas replicou comentários publicados no Facebook por outras pessoas.
“Em momento algum me referi ao meu cargo. Ali eu estava discutindo como uma cidadã comum que paga imposto e que lê o Facebook […] Por que eu deveria me arrepender de ter feito um comentário? É só um comentário reproduzindo um outro. Eu não estou me sentido culpada por nada. Eu não criei o comentário. Se é boato, se alguém criou, o autor da criação que pode estar ou não arrependido”, defendeu-se, em entrevista ao jornal “O Dia”.
Após falar com a publicação, a desembargadora também afirmou, por meio de nota, que o comentário reproduzia “informações disponíveis na mídia e que, até então, não haviam sido contestadas nem pelo PSOL, nem pela família da vereadora, ou por quem quer que seja.”
Confira a entrevista na íntegra no jornal “O Dia”: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/03/5523378-desembargadora-nao-se-arrepende.html#foto=1
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