Dimenstein: Olavo de Carvalho é maluco ou desonesto?

Esse texto acima de Olavo Carvalho é um delírio. Mas Ok. Até dá para debater com argumentos.
Uma coisa é criticar e interpretar; outra apenas inventar como nesse texto sobre o livro de Haddad.

Esse ataque acima levanta uma dúvida: Olavo de Carvalho é desonesto, canalha ou maluco?
Se fosse sério,  pediria desculpas.

Veja a desonestidade de sua resposta:

“Em sentido literal e material, não é exato o que escrevi às pressas num post que logo em seguida retirei de circulação, segundo o qual o Haddad ‘defende’ ou ‘prega’ a prática do incesto. Ele apenas subscreve integralmente o programa da ‘sociedade erótica’ pregado pela Escola de Frankfurt, o qual advoga claramente a erotização das relações entre as mães e seus filhos”.

Reproduzo aqui a investigação realizada pelo “Fato ou Fake”, da TV Globo:

“No livro “Em defesa do socialismo: por ocasião dos 150 anos do manifesto”, publicado em 1998 pela editora Vozes, Haddad faz uma análise do capitalismo atual, que chama de “superindustrial”, e seu impacto nas relações de trabalho. A equipe do Fato ou Fake teve acesso à obra. Em nenhuma parte do livro há defesa do incesto ou qualquer citação ao tema. Haddad aborda apenas em dois trechos, ao longo de 67 páginas, a sexualidade e o erotismo.

Os trechos estão reproduzidos abaixo.

Na página 17, afirma:

“Toda demanda social de transformação cultural ou comportamental é satisfeita, não com o revolucionamento dos hábitos e costumes sociais, mas com a oferta abundante de mercadorias e a reificação de consciências. O caso mais eloquente dessa mecânica talvez seja o movimento de libertação sexual que, “vitorioso”, ao invés de gerar uma sociedade genuinamente erótica , deu ensejo a um duplo movimento de erotização do consumo de bens e da objetificação das relações sexuais , dessublimação repressiva que desemboca na indústria pornográfica.”

Na página 54, também diz:

“A psicanálise viria assim suprir, no seio do marxismo, o degrau faltante entre base econômica e superestrutura ideológica. Além disso, a psicanálise poderia ajudar a explicar a estabilidade da ordem capitalista num momento em que sua necessidade objetiva já havia passado. Numa outra chave, procurou-se extrair dessa teoria sua força crítico-utópica, malgrado o pessimismo expresso pelo seu fundador, enfatizando-se aqueles elementos que efetivamente projetavam-se para lá do sistema presente, na direção de uma civilização erótica . Tanto na versão crítico-resignada como na versão crítico-utópica da recepção marxista da psicanálise, a terapia jamais foi plenamente aceita pois sempre esteve associada à ideia de que seria impossíveis ao indivíduo alcançar a cura numa sociedade irracional como a capitalista.”

Imagens também atribuídas ao livro de Haddad dizem que, na página 14, estão reproduzidos os dez mandatos do comunismo. A obra escrita por Haddad, no entanto, não faz nenhuma referência aos mandamentos, nem na página 14 nem em nenhum outra.”

A era do Fake News no Brasil já encontrou seu grande intelectual.