Documentário analisa impactos do programa ‘Mais Médicos’ no RN

Lançado em 2013 pelo governo federal, o programa foi duramente criticado ao trazer médicos cubanos para trabalharem no país

26/09/2017 14:42

O filme acompanha o dia a dia dos médicos cubanos Raúl Hernadez e Marlon Marinho
O filme acompanha o dia a dia dos médicos cubanos Raúl Hernadez e Marlon Marinho

O programa “Mais Médicos” foi duramente criticado ao ser lançado pelo governo federal em 2013, principalmente por trazer médicos cubanos para trabalharem no Brasil, devido à falta de profissionais da saúde no interior dos estados.

Para abordar os impactos do programa, os jornalistas André Neves Sampaio e Felipe Rousseaux de Campos Mello, junto com o fotógrafo José Vessoni, lançaram o documentário independente “Vem de Cuba” nesta segunda-feira, dia 25, com livre acesso pela internet.

Os três jovens entraram em contato com Raúl Hernadez e Marlon Marinho, dois médicos cubanos do programa em São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte, com o objetivo de mostrar o dia a dia destes profissionais com a comunidade local.

A obra retrata os médicos não apenas em seu ambiente de trabalho, como também em suas respectivas vidas sociais, e foi produzido integralmente pela equipe, com o apoio da Revista Brasileiros, agora Página B, e do documentarista Eugênio Puppo.

Durante os dez dias de filmagem, André, Felipe e José mergulharam no cotidiano de São Miguel do Gostoso, acompanharam o funcionamento do programa por meio do trabalho de Marlon e Raúl e puderam esclarecer diversas questões.

Entre as discussões propostas estão: como se estabelece uma relação de médicos estrangeiros em comunidades interioranas; as principais dificuldades de se implantar a medicina preventiva em uma cidade tão pequena, mas ao mesmo tempo tão influenciada pela religião; e as principais conquistas e dificuldades do trabalhado desenvolvido pelos médicos durante os três anos que permaneceram na região.

O projeto também discute o “fazer medicina” pela ótica cubana, uma técnica humanitária e comunitária, que busca colocar o médico como um membro da comunidade e, portanto, sempre mais presente.

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