Doria não mantém padrão de continuar a zerar fila de exames em SP
Com informações de Angela Pinho, da 'Folha de S. Paulo'
Apesar do prefeito João Doria ter prometido zerar a fila de exames em São Paulo até o mês de abril através do programa Corujão da Saúde, a eficácia não se manteve depois disso.
O prazo para realização dos exames da fila que se formou esse ano se estendeu por 30 dias e depois para 60 dias. As informações são da repórter Angela Pinho, da “Folha de S. Paulo“.
Segundo a reportagem, a fila de exames chegou a diminuir desde o começo do ano até abril e acabou com a lista de espera de 485 mil procedimentos que ainda foram herdadas da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
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Mas surgiu uma nova demanda de exames e essa agenda sofre prazos em cima de prazos. Um paciente com incontinência urinária, por exemplo, vai levar 336 dias para realizar um exame detalhado pela rede municipal.
Dos 128 diagnósticos, 84% deles levam mais de 30 dias e 64% mais de 60. O tempo médio dessa espera é de 89 dias. Atualmente, há 215 mil procedimentos na fila esperando para serem realizados.
O tempo médio para realizar o exame no setor de urologia é 250 dias, em odontologia é de 146. O menor tempo de espera é no setor de otorrinolaringologia com 53 dias.
Para a realização de cirurgias, a espera média é de 142 dias por conta de uma fila com 108 mil procedimentos. Segundo a reportagem, a maior demora é na área de otorrinolaringologia, com espera média de 275 dias.
O secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, afirmou à “Folha” que as filas da saúde estão “totalmente sob controle” e a capacidade atual para a a realização de exames é de 87 mil por mês e que a demanda é menor que isso.
Sobre os outros procedimentos, o secretário disse muitos dos que estão na fila não precisariam mais de exame, mas ainda assim, o prazo que ele avalia ser adequado é de 30 a 60 dias.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a fila de 485.300 exames de imagem remanescente de 2016 foi zerada em três meses pelo programa Corujão da Saúde, que teve início em 10 de janeiro deste ano.
“Os exames contemplados pelo programa são as ultrassonografias, representando 65,39% do total, seguidas pelas mamografias (15,51%), tomografias (7,48%), ecocardiografias (5,31%), densitometrias (3,18%) e as ressonâncias (3,16%)”. Segundo a pasta, os exames citados pela reportagem são de outro tipo.
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