Eduardo Bolsonaro compara união homoafetiva a amor por cão

Comparação foi feita durante uma entrevista a uma TV de Israel

Em entrevista a uma emissora de TV israelense, o deputado afastado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comparou uma união homoafetiva ao que sente por um cachorro, ignorando o fato de que homem e cão são de espécies diferentes. Na declaração, Eduardo afirmou que o amor não forma uma família.

O assunto surgiu quando o entrevistador perguntou ao deputado afastado o que pensava sobre a comunidade LGBT. “Não me importo”, disse. “Se você diz que só é preciso amor para ser uma família, você vai dizer que eu e meu cachorro, eu amo meu cachorro, somos uma família. Entende? Você abre a porta para muitas coisas.”

Assista ao vídeo.

Na mesma conversa, foi questionado a mudança da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém. O filho do presidente disse que a alteração pode acontecer no próximo ano.

“Temos que ser muito responsáveis com esse procedimento”, disse. “Eu costumo dizer que, se nós temos uma só bala, não podemos perder o alvo. Ano que vem, talvez, vejamos toda a embaixada mudar para Jerusalém.”

Homofobia é crime

Desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.