Eleições 2018: lista de fake news que circularam nas redes
Confira dicas para não cair em boatos na internet
Às vésperas das eleições de 2018, muitas notícias falsas ganharam destaque nos grupos de WhatsApp, no Facebook e no Twitter. Mais do que nunca, é preciso que os eleitores estejam atentos para não compartilhar fake news entre amigos e a família. Pensando nisso, a Catraca Livre selecionou alguns boatos sobre política que circularam na internet nas últimas semanas.
Confira a lista das fake news sobre eleições:
Em vídeo falso, Bonner diz a Haddad que Bolsonaro não é investigado
Por Ethel Rudnitzki, da Agência Pública
Na sexta-feira, 14, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência, foi entrevistado pelo Jornal Nacional. A partir disso, imagens e trechos da entrevista foram compartilhados nas redes sociais. Uma dessas postagens, que circula no YouTube, no WhatsApp e no Facebook, mostrava um trecho no qual Haddad questionava a existência de pessoas na vida pública sem investigações. Em resposta, a voz do âncora e editor do Jornal Nacional, William Bonner, cita o nome de Jair Bolsonaro como exemplo, sobreposta à imagem de Haddad engasgando.
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O vídeo foi assistido por mais de 9 mil pessoas no YouTube e aparece em diversas páginas no Facebook, como “Minas é Bolsonaro”, e no grupo “Já é Bolsonaro”, onde conseguiu 80 mil compartilhamentos. Porém, trata-se de uma montagem. O Truco – projeto de checagem de fatos da Agência Pública – classificou o vídeo como falso.
Fake news: pesquisa Datafolha mostra Haddad na liderança
Uma suposta pesquisa Datafolha de setembro mostra Haddad na liderança da corrida presidencial, em um cenário sem Lula. O arquivo foi enviado para o Folha Informações, canal da Folha de S.Paulo que verifica boatos e notícias falsas. A informação é falsa.
Ivete Sangalo não apoia Jair Bolsonaro
Fake news: uma foto que circula nas redes sociais aponta que a cantora Ivete Sangalo pretende votar em Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República.
De acordo com informações do site Boatos.org, a artista teria posado com uma camiseta em apoio ao candidato com a mensagem: “Bolsonaro 17. Meu presidente”. “Ivete Sangalo mulher inteligente. Bolsonaro urgente Brasil”, diz uma das publicações. A notícia é falsa. Ivete não resolveu apoiar o presidenciável e tornar seu voto público.
Grupo ‘Mulheres Contra Bolsonaro’ não é parte da página ‘Gina Indelicada’
Após o crescimento do “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” no Facebook, circulou nas redes sociais que a página teve o número de seguidoras inflado artificialmente, pois seria originalmente um grupo de humor, e que depois teria trocado de nome. A informação é falsa, segundo apuração do Comprova.
De acordo com os boatos, o grupo seria parte da página “Gina Indelicada”. No entanto, o Facebook registra que o “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”foi criado no dia 30 de agosto de 2018, data que não pode ser modificada. A rede social também informa que a página nunca mudou de nome. (Por Jornal do Commercio, Piauí)
Marido de Marina Silva não extraiu madeira ilegalmente em 2003
Marina Silva (Rede) também foi alvo de uma fake news, que envolvia seu marido, Fábio Vaz de Lima. Segundo a publicação, ele estaria envolvido em um caso de desmatamento e não teria sido punido por causa de sua relação com a candidata, que era ministra do Meio Ambiente na época dos fatos. A informação foi desmentida pelo Comprova. (Por SBT, Gazeta do Povo e Jornal do Commércio)
Padre Marcelo Rossi não divulgou áudio de apoio a Bolsonaro
O Comprova apurou que é falsa a informação de que o padre Marcelo Rossi apoia o candidato Jair Bolsonaro. Um áudio atribuído ao religioso, que circula no WhatsApp e no Youtube, diz que o militar “pró-família, pró-Deus e pró-valores”. (Por Folha de S.Paulo, SBT, Piauí e Estadão)
Vídeo de 2015 foi editado para parecer manifestação de apoio a Bolsonaro
Um vídeo publicado no Facebook pela página “Bolsonaro Presidente Sudeste” alega que um milhão de pessoas fizeram um “coro de arrepiar” na Esplanada dos Ministérios em defesa de Bolsonaro. As imagens são falsas, como informou o Comprova. A gravação original foi publicada no YouTube em 15 de março de 2015 em um ato pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). (Por Poder360, Estadão e Gazeta Online)
Pesquisa que aponta Bolsonaro com 45% das intenções de voto é falsa
Publicações nas redes sociais mostram uma pesquisa em que Bolsonaro teria 45% das intenções de voto e estaria perto da vitória no primeiro turno. No entanto, não há evidências de que o resultado seja confiável, segundo o Comprova. De acordo com a legislação eleitoral, enquetes do tipo não são válidas, pois não cumprem uma série de exigências, como a divulgação de dados e metodologia, o registro oficial e prestação de contas. (Por Nexo, SBT e Estadão)
Áudio em que mulher grita “eu voto Lula” em vídeo de Alckmin é montagem
Uma montagem que circulou pelas redes sociais sugere que uma mulher grita “eu voto Lula”, na época em que o ex-presidente era o candidato do PT, em um vídeo de campanha divulgado por Geraldo Alckmin (PSDB). O Comprova confirmou que o vídeo original não tem a voz da eleitora. (Por GaúchaZH, Poder360 e Folha de S.Paulo)