Eleitores de Bolsonaro atacam e ameaçam Pabllo Vittar: ‘Boiola’
A drag queen lamentou a vitória do militar e afirmou que "resistirá"
Um dos principais símbolos da comunidade LGBT brasileira na atualidade, Pabllo Vittar não teve medo de se posicionar contrária à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República durante o pleito, findado no último domingo, 28, que culminou na vitória do militar e com ataques e ameaças à integridade da drag queen por parte de eleitores do agora presidente eleito.
Após a confirmação da vitória do ex-deputado federal que somou pouco mais de 50% dos votos válidos, Pabllo Vittar compartilhou a imagem de um arco-íris, símbolo do movimento LGBT, com a frase “eu resisto” na legenda da publicação no Instagram.
Nos comentários, no entanto, os bolsonaristas passaram a cobrar da artista que ela deixe o Brasil, tentando fazer valer uma fake news já desmentida há bastante tempo pela própria drag de que ela deixaria o país caso Bolsonaro ganhasse a disputa.
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https://www.instagram.com/p/BpfkJvehyD7/?hl=pt-br&taken-by=pabllovittar
Alguns comentários, porém, ultrapassaram os limites e incorreram em homofobia, com vários internautas insultando Pabllo Vittar, fazendo uso de termos pejorativos como “boiola”, e outros a mandando ir morar na Arábia Saudita, por exemplo, onde a homossexualidade é considerada crime passível de morte. Teve também quem aconselhasse a famosa a cometer suicídio, tamanho é o ódio irracional daqueles que não conseguem conviver com a diversidade.
“Agora tu não vai embora né capeta… Vê se fica pianinho que a bagunça acabou achou que iria fazer uma zona no Brasil né… tu vai vê o que é bom pra tosse… cometa logo um suicídio da tempo”, afirmou em tom de ameaça.
“A gente que vai ter que resistir a você com esse jeito bizarro e essa voz horrível. Tenho uma sugestão: deveria ir morar na Arábia Saudita ou no Irã”, escreveu outro.
Saiba como denunciar homofobia
Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.
No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.