Em decisão histórica, Argentina aprova legalização do aborto
Lei estabelece que as mulheres têm direito a interromper voluntariamente a gravidez até a 14ª semana de gestação
Em decisão histórica, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, o projeto que legaliza o aborto no país. Foram 38 votos a favor da legalização, 29 contra e uma abstenção.
A aprovação do projeto de lei de autoria do governo do presidente Alberto Fernández saiu após 12 horas de debate.
Com isso, a Argentina passa a ser o 67º país a ter o aborto legalizado.
A lei aprovada estabelece que as mulheres têm direito a interromper voluntariamente a gravidez até a 14ª semana de gestação. Após este período, o aborto será permitido apenas em casos de risco de vida para a gestante ou quando a concepção é fruto de um estupro.
O texto prevê que os médicos que são contra o aborto não são obrigados a executar o procedimento, mas os serviços de saúde precisam apontar um outro profissional que se disponha a fazê-lo. Se a paciente tiver menos de 16 anos, ela precisará de consentimento dos pais.
“O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”, escreveu o presidente argentino na rede social.
El aborto seguro, legal y gratuito es ley.
A ello me comprometí que fuera en los días de campaña electoral.
Hoy somos una sociedad mejor que amplía derechos a las mujeres y garantiza la salud pública.
Recuperar el valor de la palabra empeñada. Compromiso de la política. pic.twitter.com/cZRy179Zrj— Alberto Fernández (@alferdez) December 30, 2020
O aborto era permitido na Argentina apenas em caso de estupro ou de risco de vida para a mulher.
Como denunciar violência contra a mulher?
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