Herdeiro da família imperial diz que não há racismo no Brasil
Para Dom Bertrand de Orleans e Bragança, "estão procurando criar esse problema racial no Brasil, mas não conseguem"
O herdeiro da família imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança, trineto de Dom Pedro 2º, afirmou em videoconferência nesta terça-feira, 16, que não existe racismo no Brasil e que “todos vivem bem” no país.
“Estão procurando criar esse problema racial, mas não conseguem. Aqui, todos nos damos bem. Aqui no Brasil, todos nós vivemos bem”, afirmou Dom Bertrand em evento promovido pelo Ministério das Relações Exteriores. A informação é do jornal Correio Braziliense.
O herdeiro da família imperial foi convidado para participar de um seminário sobre “O Brasil na conjuntura internacional do pós-coronavírus”. Em meio à sua fala de duas horas, Orleans e Bragança elogiou a presença de diferentes etnias no Brasil, exaltando estereótipos de cada uma.
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“Todo brasileiro tem um pouco de sangue branco, um pouco de sangue negro e um pouco de sangue índio. Isso deu um ‘blend’ (mistura, em português) absolutamente extraordinário, porque nós temos o povo brasileiro que é um povo fabuloso. É um povo que tem um calor humano que nenhum outro povo tem isso”, disse.
De acordo com Dom Bertrand, os brasileiros têm “a fé e o espírito empreendedor do português”, “a intuição do índio” e “a força, a bondade, o calor humano e a lealdade da raça negra”.
Coronavírus
O príncipe herdeiro também falou da pandemia do novo coronavírus. Mesmo dizendo não ter provas, ele afirmou que vírus foi criado pela China.
“O vírus teria escapado de um laboratório”. Afirmação bastante usada pelo presidente americano Donald Trump no início da crise mundial de saúde.
Racismo: saiba como denunciar
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No Brasil, há uma diferença quando o racismo é direcionado a uma pessoa e quando é contra um grupo. Saiba mais como denunciar e o que fazer em caso de racismo e preconceito neste link.