Empresários admitem injetar dinheiro na campanha de Bolsonaro

Luciano Hang e Mário Gazin queriam a vitória do militar ainda no 1º turno para não ter que gastar dinheiro no 2º turno

Os empresários Luciano Hang e Mário Gazin
Créditos: Reprodução/Twitter
Os empresários Luciano Hang e Mário Gazin

Depois da polêmica envolvendo suposto esquema ilegal de campanha para beneficiar Jair Bolsonaro patrocinado por empresários, os internautas ressuscitaram um vídeo postado pelo próprio presidenciável em suas redes sociais em que dois empresários admitem injetar dinheiro na campanha do candidato do PSL e, ainda, dizem não querer ter que gastar mais dinheiro no segundo turno.

Na gravação compartilhada por Bolsonaro no dia 28 de agosto Luciano Hang e Mário Gazin, donos das lojas Havan e Gazin, respectivamente, pedem para que o militar seja eleito ainda no primeiro turno, a fim de evitar gastos futuro.

“Primeiro turno, Bolsonaro. Pra não ter escolha, pra nós não termos que gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando para o segundo turno. Então, é no primeiro. Quem está indeciso é lá. É lá que tem que ser, porque acabou, nós ‘gasta’ menos dinheiro”, afirma Mário Gazin.

Denuncia

Na última quinta-feira, 18, a Folha de S.Paulo denunciou um suposto caixa 2 patrocinado por empresários no valor de R$ 12 milhões – não declarados à Justiça Eleitoral – para disparar mensagens via WhatsApp uma semana antes das votações do segundo turno, a fim de difamar Fernando Haddad, em um esquema que visa beneficiar Jair Bolsonaro.

Após a revelação dos fatos, o PT ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

Na sexta-feira, 19, o ministro Jorge Mussi, corregedor do TSE aceitou a denuncia do Partido dos Trabalhadores e abriu uma ação para investigar o caso.

O ministro solicitou que Jair Bolsonaro fosse notificado, e estipulou o prazo de cinco dias para que ele possa se manifestar.