Entidades contestam audiência sem edital de licitação de ônibus

São 32 audiências públicas em três dias marcadas pela Secretaria de Transportes de São Paulo

22/06/2017 13:49

Instituições que acompanham questões relacionadas à mobilidade urbana se reuniram para pedir à Prefeitura de São Paulo o adiamento das 32 audiências públicas, marcadas para os dias 26, 27 e 28 de junho, sobre o processo de licitação do serviço de ônibus da capital.

Elas contestam que um edital detalhado e com participação social, para que as audiências sejam realizadas, ainda não está disponível para leitura e análise pública e que isso inviabiliza a participação efetiva dos cidadãos.

Edital para consulta pública vai ser lançado após avaliação das sugestões entregues durante as audiências
Edital para consulta pública vai ser lançado após avaliação das sugestões entregues durante as audiências - ARANTES_FABIO

A carta enviada à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, assinada por instituições como Ciclocidade, Greenpeace, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e Rede Nossa São Paulo, ressalta que uma agenda com sete a 13 audiências no mesmo dia e horário limita a participação dos munícipes.

“Isso inviabiliza que os gestores e reais tomadores de decisão da secretaria e da SPTrans consigam acompanhar todas as audiências com a devida qualidade”, diz o texto.

Além do adiamento das audiências, as entidades pedem que outras reuniões sejam feitas durante o processo de consulta pública e que ele se estenda por 90 dias, além de informações detalhadas sobre a consulta, o cronograma e os canais de participação para devolutiva após o fim da consulta.

O serviço de transporte coletivo que está em funcionamento atualmente foi contratado em 2003, na gestão de Marta Suplicy (PT), e o contrato venceu em 2013. Desde então, o mesmo serviço vem sendo renovado. Cerca de 10 milhões de passageiros utilizam, por dia, o transporte na cidade.

Agora, a gestão de João Doria (PSDB) revisa o edital de 33 mil páginas feito em 2015 pela equipe de Fernando Haddad (PT) e que não teve licitação concluída. O texto foi contestado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e liberado após meses de embargo. As informações são do G1.

Segundo a prefeitura, as reuniões servirão para receber as sugestões dos munícipes e a publicação do edital para fase de consulta pública está prevista para depois disso, quando as sugestões recebidas forem avaliadas. A programação completa das audiências nas prefeituras regionais está aqui.

  • Veja também: