Escola afirma que campanha do Burger King faz mal a crianças
“Nossas crianças estão sendo atacadas!”, escreveu a instituição de ensino no Instagram sobre propaganda do Mês do Orgulho LGBTQIA+
No sábado, 27, após a divulgação da campanha Burger King para o Mês do Orgulho LGBTQIA+, a escola Eccoprime, de Aldeia (PE), fez uma postagem preconceituosa afirmando que a diversidade faz mal às crianças e destrói a família cristã.
“Nossas crianças estão sendo atacadas! A exemplo da última campanha desta famosa rede de fast food. Este é apenas um dos muitos ataques que eles enfrentam todos os dias, sem antes estarem preparados. Nós, como pais, precisamos defender os nossos filhos e nos posicionar!”, escreveu a instituição na rede social.
A escola criou o Centro de Treinamento de Pais Cristãos para “armarmos contra estas e outras setas inflamadas do inimigo!”. Veja:
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https://www.instagram.com/p/CQlZTTuB3Lg/
Assista à propaganda do Burger King:
O Burger King também alterou as cores das fotos de perfil das redes sociais usando a bandeira LGBTQIA+.
Homofobia é crime!
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).