Estupro no Rio: Polícia diz que jovem foi estuprada ao menos em dois momentos

Com informações da Folha de S. Paulo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro chegou à conclusão de que a jovem de 16 anos vítima de estupro no morro do Barão, no Rio de Janeiro, “foi abusada em ao menos dois momentos”, de acordo com nota oficial divulgada neste sábado, 4.

Os depoimentos colhidos pela polícia concluíram que a jovem foi violentada em uma casa abandonada da comunidade, logo após ter saído de um baile funk, na manhã do sábado, 21 de maio. Ela estava acompanhada de uma amiga, de Raí de Souza, 22, e de Lucas Perdomo, 20. Raí teve relações com a jovem, enquanto que Lucas, com a amiga da jovem.

Raí está preso temporariamente e é considerado suspeito de ter gravado o vídeo em que a jovem, desacordada, é manipulada sexualmente – mas ele nega ser o autor da gravação. Perdomo havia sido preso, mas foi liberado na sexta, 3.

DOIS MOMENTOS DO ESTUPRO

A amiga da jovem violentada, Raí e Perdomo resolveram sair de casa, enquanto que a jovem preferiu ficar. Um grupo de criminosos teria encontrado a garota desacordada e decidiu, ainda pela manhã, levá-la à casa conhecida como “abatedouro”,  também utilizada por outras pessoas da comunidade para fins sexuais.

Segundo a polícia, o traficante Moisés Lucena, o Canário, carregou a adolescente até o abatedouro, inclusive a vítima se lembra de tê-lo visto por conta de uma tatuagem que o identificou. Canário já teve a prisão decretada e está sendo procurado.

Na segunda casa, a jovem foi estuprada pelos criminosos que a levaram, e por outros homens que passavam pelo local e resolveram se juntar ao grupo. A vítima estava desacordada.

Após a saída do grupo de criminosos, a jovem foi encontrada à noite por Souza, pelo ex-paraquedista Raphael Belo, 41, e pelo traficante Jefinho. Foi neste momento que ocorreu a gravação do vídeo divulgado na internet. É possível ver que ao menos três homens estão naquele quarto, e que ao menos um toca na genitália da moça.

Vale ressaltar que, em 2009, a lei 12.015 foi alteradas e passou a considerar atos libidinosos também como estupro (e não só o coito em si). É o caso do ato gravado em vídeo.

De acordo com a polícia, Souza fez as imagens que tornaram o crime público e Belo tirou uma selfie ao lado da garota desacordada. Ambos estão presos temporariamente e negam o estupro.