Famosos e políticos repercutem morte do menino João Pedro

Garoto de 14 anos foi baleado durante operação da polícia em São Gonçalo, no Rio de Janeiro

João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos de idade, foi morto durante uma operação conjunta da Polícia Federal, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, na noite da última segunda-feira, 18.

Marcelo Freixo e Gleici Damasceno foram algumas personalidades que lamentaram assassinato do jovem João Pedro
Créditos: Reprodução/Instagram
Marcelo Freixo e Gleici Damasceno foram algumas personalidades que lamentaram assassinato do jovem João Pedro

Até a manhã desta terça-feira, 19, a família da vítima estava sem notícias dele, quando foi informada que menino foi assassinado.

A Polícia Civil informou que João Pedro foi atingido durante um confronto na comunidade enquanto policiais federais e civis atuavam na região.

Assim que o nome do garoto foi parar nos assuntos mais comentados no Twitter, diversos famosos, como Luciano Huck, Taís Araújo, Gleici Damasceno, e políticos, como Guilherme Boulos e Marcelo Freixo, se manifestaram com revolta sobre a morte de João Pedro. Muitos, inclusive, criticaram a ação da polícia, pela morte de mais inocente, e pediram justiça.

Confira algumas reações:

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Como se não bastasse toda tristeza devido à pandemia, acontece agora essa tragédia com João Pedro no Complexo do Salgueiro. O vírus da violência continua, no presente, a massacrar o futuro do Brasil. Banalizar o assassinato de um menino de 14 anos é inaceitável. Causa indignação esse extermínio de jovens pobres e negros nas comunidades país afora. Não é só no Rio. Isso é uma doença nacional que exige responsabilidade social de todos nós em busca da cura. Triste. Muito triste.

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#repost @djamilaribeiro1 Fiquem em casa, dizem. Pois João Pedro Mattos estava em casa, brincando com seus primos, quando seu corpo foi mutilado com as balas perdidas que só encontram corpos negros. Domingo, estava assistindo a um telejornal, numa matéria em que falava sobre essa Operação que subia uma comunidade e matou várias pessoas no Complexo do Alemão, como se fosse a coisa mais normal do mundo. É normalizado, não deve ser normal.Cenas do Caveirão do Bope, veículo conhecido do Tropa de Elite, filme que ainda é exibido semanalmente, apesar de glorificar tortura, corporação e máquina de guerra genocidas para depois a matéria cortar para uma pessoa da polícia, penso que o delegado, dizer que era para a população ficar tranquila, pois não havia morrido nenhum "inocente". Historicamente ninguém dessas comunidades é ouvido em matérias como essa e, dessa vez, o formato se repetiu. Mais um discurso de supremacia branca produzido com sucesso na televisão, um discurso que produz mortes. João Pedro Mattos foi uma delas, juntando-se a Amarildo, Claudia, Ágatha e outras milhões de pessoas. Alvejado, e sob o risco de atrapalhar a sinfonia assassina entre polícia, governo e mídia, seu corpo foi subitamente colocado em um helicóptero, sem ninguém de sua família, que ficou dezesseis horas sem saber seu paradeiro! 16 horas! Tempos depois, após uma campanha na internet, descobriu que o corpo do menino estava no IML. O horror… o horror… Vale dizer, o governador do Rio de Janeiro foi eleito sob a promessa de uma política genocida, mais ainda da que já era praticada. Disse que sob seu comando a polícia ia mirar e “atirar na cabecinha”. Enojante, tudo muito revoltante. Existe uma guerra contra a população negra desse país. João Pedro, presente!

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Brasil, o país que continua matando seus filhos pretos e pobres. Que vergonha. Que revolta. . . . . @wilsonwitzel #Repost @djamilaribeiro1 djamilaribeiro1 Fiquem em casa, dizem. Pois João Pedro Mattos estava em casa, brincando com seus primos, quando seu corpo foi mutilado com as balas perdidas que só encontram corpos negros. Domingo, estava assistindo a um telejornal, numa matéria em que falava sobre essa Operação que subia uma comunidade e matou várias pessoas no Complexo do Alemão, como se fosse a coisa mais normal do mundo. É normalizado, não deve ser normal.Cenas do Caveirão do Bope, veículo conhecido do Tropa de Elite, filme que ainda é exibido semanalmente, apesar de glorificar tortura, corporação e máquina de guerra genocidas para depois a matéria cortar para uma pessoa da polícia, penso que o delegado, dizer que era para a população ficar tranquila, pois não havia morrido nenhum "inocente". Historicamente ninguém dessas comunidades é ouvido em matérias como essa e, dessa vez, o formato se repetiu. Mais um discurso de supremacia branca produzido com sucesso na televisão, um discurso que produz mortes. João Pedro Mattos foi uma delas, juntando-se a Amarildo, Claudia, Ágatha e outras milhões de pessoas. Alvejado, e sob o risco de atrapalhar a sinfonia assassina entre polícia, governo e mídia, seu corpo foi subitamente colocado em um helicóptero, sem ninguém de sua família, que ficou dezesseis horas sem saber seu paradeiro! 16 horas! Tempos depois, após uma campanha na internet, descobriu que o corpo do menino estava no IML. O horror… o horror… Vale dizer, o governador do Rio de Janeiro foi eleito sob a promessa de uma política genocida, mais ainda da que já era praticada. Disse que sob seu comando a polícia ia mirar e “atirar na cabecinha”. Enojante, tudo muito revoltante. Existe uma guerra contra a população negra desse país. João Pedro, presente!

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