Folha é atacada por corrente de WhatsApp com mentira sobre Lula

Os ataques de Jair Bolsonaro contra a Folha estão estimulando uma onda de fake news contra o jornal. Por correntes de WhatsApp, o jornal é acusado de ser propriedade do ex-presidente Lula, que teria 52% das ações.

Isso explicaria por que as reportagens críticas da Folha a Jair Bolsonaro – entre elas a manutenção de uma funcionária fantasma e a disseminação ilegal de mensagens por WhatsApp realizada por empresários.
A verdade: 100% da Folha é da família Frias.

Após eleito, Bolsonaro atacou o jornal em entrevista ao vivo no Jornal Nacional. A Folha foi defendida pelo âncora do noticioso global, William Bonner.

Na ocasião, Bonner indagou Bolsonaro sobre sua relação com a imprensa em seu futuro governo e aproveitou para questionar se ele reafirma seu posicionamento em desejar que a Folha “feche”.

O presidente disse que não fechará a Folha, mas que, no que depender do governo federal, como verba publicitária, por exemplo, jornais que espalham fake news, “como a Folha”, não terão seu apoio e incentivo.

O político do PSL chegou a citar alguns exemplos do que seriam as “fake news da Folha” direcionadas a ele, como uma reportagem do início deste ano sobre a “funcionária fantasma” do então deputado, identificada como Wal. Ainda, o presidente rememorou o escândalo do disparo de mensagens ilegais no WhatsApp patrocinado por empresários simpáticos a Bolsonaro contra o PT ainda durante a campanha do segundo turno das eleições.

Após a fala de Jair Bolsonaro, William Bonner ressaltou que, em ocasiões anteriores o jornal pertencente ao grupo UOL atacou duramente o JN, mas que sempre se manteve aberto para réplica. Ainda, o âncora relembrou a importância da Folha para o país. Bolsonaro não contestou.