Fotógrafo baleado no olho inspira exposição a céu aberto
Ação manifesta a insatisfação de grupo de fotógrafos de Curitiba
Em outubro, fotógrafos se reuniram no centro histórico de Curitiba mobilizados em torno de uma causa. Juntos, realizaram a ação “Galeria sem licença pergunta: somos todos culpados?“.
Foram coladas diversas fotografias em tamanho ampliado nos muros do antigo Clube Operário, em solidariedade ao repórter fotográfico Alex Silveira. Ele ficou cego do olho esquerdo após ser atingido por uma bala de borracha.
Fato ocorreu enquanto ele fazia cobertura fotográfica de uma manifestação na avenida Paulista, em 2000. Anos mais tarde, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que Silveira assumiu o risco ao se posicionar entre manifestantes e policiais, e por isso não será indenizado.
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Em relação às fotografias coladas no centro histórico, Alex Silveira avalia que ” foi um protesto realmente artístico que manifesta a insatisfação com decisões absurdas como esta”.
Milena Costa de Souza, da Galeria Sem Licença, entende que a justiça “deixa todos que trabalham com fotojornalismo numa situação de vulnerabilidade durante o exercício da sua profissão.
No âmbito judicial a jurisprudência permite que casos similares sejam julgados da mesma maneira. A boa notícia é que ainda cabe recorrer da decisão.