Fotógrafo que registrou russo com atirador achou que era ‘teatro’

O fotógrafo Burhan Ozbilici, da agência de notícias AP, afirmou ter achado inicialmente que a cena do assassinato do embaixador russo Andrei Karlov por um policial turco não passava de um “ato teatral”. O atentado ocorreu nesta segunda-feira, dia 19, durante um discurso do diplomata em uma galeria de arte.

Ozbilici, que tirou uma das principais imagens do ocorrido (confira a foto), estava cobrindo o evento com obras que expunham como a Rússia era vista por turcos. De acordo com o fotógrafo, o encontro ocorria normalmente até ver uma movimentação estranha atrás do russo.

O fotógrafo capturou a cena do assassinato do embaixador russo Andrei Karlov por um policial turco

“Quando um homem no palco sacou uma arma, achei que era um ato teatral. Mas não era nada disso”, escreveu. Pouco tempo depois, o embaixador estava caído no chão e o atirador colocava a arma em direção ao restante das pessoas na galeria.

Outra imagem do mesmo fotógrafo mostra o desespero do público enquanto o assassino gritava palavras de ordem. Três pessoas ficaram feridas sem gravidade. “Os convidados correram para se proteger atrás de colunas e embaixo de mesas. Eu me arrumei o suficiente para tirar outras fotos”, relatou.

O atirador foi morto por forças de segurança 15 minutos após o tiroteio. O Ministério das Relações Exteriores da Turquia identificou o culpado como Mevlut Mert Altintas.

Segundo o jornal norte-americano Washington Post, o atirador gritou frases em defesa da Síria. “Não esqueçam de Aleppo! Não esqueçam da Síria! Vocês não ficarão seguros até que nossas cidades tenham segurança. Somente a morte pode me levar daqui. Nós somos aqueles que prometeram fidelidade a Maomé para fazer a jihad (guerra santa)”.

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