Funcionária da USP assume culpa em morte de aluno

Filipe Varea Leme, 21 anos, foi encontrado morto em abril de 2019 no prédio da Escola Politécnica

Uma funcionária da USP (Universidade de São Paulo) assumiu a culpa pela morte de Filipe Varea Leme, 21 anos. O estudante de geografia encontrado morto no ano passado em um prédio da Poli (Escola Politécnica).

A supervisora do aluno assinou um acordo na Justiça, no início de outubro, em que admite negligência e se compromete a cumprir pena de prestar serviços comunitários por oito meses. A informação é do UOL

Filipe Leme, estudante de geografia da USP, foi encontrado morto na Poli
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Filipe Leme, estudante de geografia da USP, foi encontrado morto na Poli

Filipe e outro colega davam expediente como monitores de informática na Poli quando foram orientados pela supervisora a deixarem suas funções para ajudar um professor a mudar um armário de sala, embora a instituição conte com uma equipe de manutenção.

Segundo o UOL, o corpo do estudante foi encontrado dentro de um elevador de deficientes, encurralado pelo armário de livros, que, ao se movimentar com o elevador, esmagou o pescoço do rapaz.

A promotora do caso, Amaitê Iara Giriboni de Mello, analisou provas e confirmou que a “negligência” da supervisora resultou em homicídio culposo –quando não há intenção de matar.

Amaitê propôs assinatura de um Acordo de Não Persecução Penal, em vigor desde o ano passado, após a aprovação do “pacote anticrime” (Lei n°13.964/2019).

Pela nova regra, o Ministério Público pode propor ao investigado que confesse o delito em troca de não ter seu caso levado à Justiça.

A supervisora de Filipe aceitou a proposta e admitiu sua responsabilidade. No dia 2 de outubro, a juíza Aparecida Angélica Correia ratificou o acordo.