Gay é dopado, torturado e tem suástica desenhada no rosto
Uma semana antes, a vítima foi hostilizada e chamada de “porco gay”
Na noite da última terça-feira, 13, um homossexual de 48 anos foi atacado por um grupo de quatro homens na porta de sua casa em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Usando uma seringa, o grupo injetou um líquido com no pescoço para dopá-lo, depois o cortaram com faca, fizeram uma suástica no rosto e escreveram “na próxima você morre” na barriga da vítima.
- Evite estes alimentos e reduza o risco de diabetes no futuro
- Confira 5 dicas de viagem para Trancoso sem gastar uma fortuna
- Estes hábitos vão melhorar a sua circulação sanguínea; saiba como
- Ter algum destes 4 sintomas comuns pode indicar que você está com diabetes
Ele acordou horas depois com os ferimentos pelo corpo.
Segundo relato à polícia, o grupo o perseguiu uma semana antes, o chamando de “porco gay”.
“Nós fomos acionados pelo Samu que encontrou o homem caído no chão da casa e muito confuso. Os suspeitos fizeram esses cortes nas costas dele, até na região do ânus, parecendo que estavam tentando fazer a cruz suástica. Ele foi levado para a Santa Casa de Misericórdia, onde ficou internado em observação”, contou o sargento Sandro Rocha ao jornal mineiro “O Tempo”.
A vítima contou ao jornal que eles teriam a intenção de o deixar paraplégico.
Apesar de ter realizado o boletim de ocorrência, os quatro homens não foram encontrados. A substância que foi injetada também não foi identificada.
Homofobia é crime!
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).