Governo do Acre decreta estado de emergência por queimadas
Ação desenfreada de desmatamento aconteceu no período de estiagem no estado
Na manhã desta sexta-feira, 23, o governo do Acre decretou estado de emergência por conta do período de estiagem no estado e o número de queimadas na região.
O governador Gladson Cameli participou de uma entrevista coletiva para falar sobre a situação das cidades, e levou em consideração o decreto que aponta como causas da atual situação a escassez de chuva, a baixa umidade relativa do ar e as queimadas.
“Os meses de agosto e setembro são historicamente de maior criticidade de ocorrência de incêndios florestais e queimadas urbanas, devido aos baixos índices de precipitação pluviométrica e fluviométrica, em consequência a baixa umidade relativa do ar e a elevada emissão de monóxido de carbono e material particulado no ar”, disse o político ao “G1”.
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No discurso, Cameli disse também que não se deve culpar outro estado ou país pelas queimadas – se referindo às alegações de que a fumaça também sai da Bolívia e Peru.
“De uma forma direta ou indireta estão politizando como a presidência, em alguns aspectos, está interpretando alguns dados. Não vim pra dizer que o culpado é o estado vizinho, país vizinho, eu não vou fazer isso, vou enfrentar o problema olhando pra ele. A culpa não é da Bolívia, nem do Peru, o problema é aqui e vamos resolver aqui mesmo”, completou.
O anúncio de estado de emergência ocorreu uma semana depois de o governo ter decretado estado de alerta ambiental.
De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, o número de queimadas aumentou desde 2018. De janeiro a 22 de agosto do ano passado, foram registradas 852 queimadas. Já neste ano, esse número saltou para 2.498 entre janeiro e 20 de agosto.