Governo Lula estuda possibilidade de plataforma de streaming estatal

A plataforma de streaming seria gratuita e ficaria sob os cuidados da TV Brasil

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda a implementação de uma plataforma de streaming estatal e que seja gratuita. No projeto apresentado pela transição, ficaria sob responsabilidade da TV Brasil e iria, na teoria, competir com as gigantes Netflix, Globoplay e a Prime Video.

Governo Lula estuda possibilidade de plataforma de streaming estatal
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Governo Lula estuda possibilidade de plataforma de streaming estatal

De acordo com com Na Telinha, no relatório final da transição, no setor da Cultura, existe a sugestão, com base em um modelo feito pela Alemanha.

O objetivo é a criação de um serviço de streaming estatal, gratuito, para juntar conteúdo original nacional. Dentro da proposta feita pela transição e que está em análise, produções de filmes, séries, minisséries e documentários que recebem recurso público entrariam para a plataforma.

Na prática, uma empresa que receber dinheiro público para produzir um filme, por exemplo, teria como segunda janela o streaming da TV Brasil. Ou seja, depois do longa sair do cinema, ele entraria no serviço estatal.

O modelo tem encontrado certa resistência nos bastidores porque existe o medo de que o serviço vire concorrente das grandes empresas e poderia tirar o investimento de multinacionais na arte brasileira. A ideia, porém, não é que a Netflix ou a Prime Vídeo se sintam ameaçadas pelo conteúdo original do streaming da TV Brasil, principalmente porque enfrentarão um período de regulamentação.

Embora a transição não tenha especificado um modelo, o governo analisa a possibilidade de utilizar a plataforma para pequenas produtoras. Quem não consegue espaço na TV aberta, fechada ou mesmo nos grandes serviços, utilizariam recursos públicos e entrariam na TV Brasil, dando a chance do público acompanhar a obra de forma gratuita.

Se a TV Brasil tiver uma plataforma de streaming, ela ficará dentro do guarda-chuva da pasta de Cultura, e não da Secom (Secretaria de Comunicação), simplesmente porque será um projeto voltado para a arte.