Greve Geral: Prefeitura de SP volta atrás e mantém rodízio de veículos
A suspensão havia sido anunciada em função da greve geral desta sexta-feira, 14
Após anunciar a suspensão do rodízio municipal de veículos na sexta-feira, 14, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes voltaram atrás da decisão. Neste dia, está marcada uma greve geral contra o projeto de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
O rodízio está mantido: carros com placas final 9 e 0 não poderão circular nas ruas e avenidas internas ao chamado mini-anel viário, das 7h às 10h e das 17h às 20h. Também está mantida a Zona Máxima de Restrição a Fretados e as regras de utilização da Zona Azul em toda a cidade de São Paulo, segundo nota da Prefeitura.
Greve geral
Entidades ligadas a várias centrais e sindicatos de motoristas, metroviários, ferroviários e rodoviários decidiram aderir à Greve Geral em plenária nesta segunda-feira, 10, no Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas).
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Segundo a CUT, trabalhadores de sindicatos, federações e confederações do ramo de transporte filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB, CSB e UGT confirmaram paralisação de 24 horas no dia 14. Além desses grupos, bancários, metalúrgicos e professores em todo o país também vão interromper as atividades na sexta-feira.
A participação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo já havia sido aprovada em assembleia na quinta-feira, 6. As linhas atingidas serão: 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A categoria ainda tentará interromper as atividades nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás, privatizadas. Motoristas dos ônibus das linhas municipais e intermunicipais da capital paulista anunciaram a adesão à mobilização.
Cinco das sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão parar: 8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade; além do monotrilho, linha 15-Prata.
Em nota, o Sindicato dos Metroviários declarou que “a reforma [da Previdência] (PEC 6/2019), se aprovada, tornará a aposentadoria um sonho impossível para a grande maioria da população”. De acordo com a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), nas principais capitais do país haverá paralisação nos serviços de metrô.
Liminar contra greve de metroviários e ferroviários
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo conseguiu uma liminar (decisão provisória) da Justiça para barrar a paralisação de metroviários e ferroviários nesta sexta-feira, 14. De acordo com o órgão, 80% dos funcionários de Metrô e CPTM devem trabalhar nos horários de pico e 60% nos demais horários.
No entanto, segundo informações do jornal Agora, o coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo, anunciou que a paralisação está mantida. “Nós decidimos fazer greve e não podemos mudar uma decisão que a categoria já tomou. Liminar sempre tem. Estamos acostumados”, disse.
Confira abaixo a lista das categorias que anunciaram adesão à greve:
Metroviários
Motoristas de ônibus
Ferroviários
Motoboys
Taxistas
Caminhoneiros
Professores municipais
Professores estaduais
Profissionais do serviço de limpeza urbana da capital paulista
Servidores de hospitais públicos e postos de saúde da capital paulista
Servidores da saúde estadual
Metalúrgicos
Bancários
Servidores do INSS
Trabalhadores de hospitais federais
Trabalhadores dos Correios