Haddad erra ao ser homofóbico com Carlos Bolsonaro em discussão

Haddad errou numa área em que não poderia errar de forma alguma, e decepcionou a comunidade LGBT

Ao discutir com Carlos Bolsonaro, Haddad perde a mão e é homofóbico
Créditos: reprodução/Instagram
Ao discutir com Carlos Bolsonaro, Haddad perde a mão e é homofóbico

Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ex-candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) fez promessas, ao longo de toda sua campanha eleitoral, à comunidade LGBT. Criminalização da LGBTfobia era uma das metas de seu governo, caso fosse eleito.

Porém, em uma discussão com o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), o petista errou feio, perdeu a mão e foi homofóbico.

Tudo começou quando Haddad ressuscitou um tuíte antigo de Jair Bolsonaro, de 2010, quando o então deputado federal chamou o Bolsa-Família de “Bolsa-farelo”. O petista questionou se o 13º do Bolsa-Família, garantido hoje para o final de 2019 pela gestão Bolsonato, reverteria a popularidade do presidente no Nordeste.

Em resposta, Carlos Bolsonaro, que não estava metido na história, escreveu: “Chora marmita!!!”. E aí veio a perda de mão de Haddad:

“Priminho tá bem?”.

O questionamento de Haddad vem após muita especulação inútil surgir nas redes sociais, em que supostamente Carlos Bolsonaro teria um caso amoroso com o próprio primo.

Questionar se “o priminho tá bem” fez com que Haddad tentasse diminuir Carlos Bolsonaro na discussão, partindo da premissa que ser gay é algo a ser ridicularizado.

E a discussão continuou.

“Continua chorando marmita???”, questionou o vereador.

Em resposta, Haddad, de forma contraditória, pediu para que Carlos não promovesse a intolerância. “Ao invés de dar bandeira, faça algo pelo Rio; pelas vítimas das enchentes, pela família trucidada em Guadalupe. Não promova a intolerância: cresça e fale com seu pai.”

Fernando Haddad é homofóbico com Carlos Bolsonaro e decepciona
Créditos: reprodução/Twitter
Fernando Haddad é homofóbico com Carlos Bolsonaro e decepciona

O questionamento de Haddad foi totalmente deplorável e desnecessário. Em uma discussão, não é necessário diminuir uma pessoa por ela supostamente ser LGBT. Há mil e uma formas de se confrontar Carlos Bolsonaro, com argumentos políticos e muito mais válidos.

Supondo que o filho do presidente seja gay, a escolha é dele em se revelar ou não publicamente. É algo pessoal do vereador, e não deve ser motivo de debates e discussões na mídia, até porque, que diferença faz saber a orientação sexual de Carlos Bolsonaro? Nenhuma.

Haddad errou numa área em que não poderia errar de forma alguma, e decepcionou a comunidade LGBT.

E aquele recadinho maroto ao ex-prefeito de São Paulo: