Idoso com covid-19 ficou amarrado em hospital da Prevent Senior, diz neto
Mais uma denúncia relacionado a um "tratamento experimental"
Carlos Vusberg, policial militar aposentado de 84 anos, internado com o novo coronavírus pouco antes da Páscoa, estava com braços e pernas amarrados, com máscara de oxigênio e sem sedação em um hospital da Prevent Senior.
Segundo o neto de Carlos, o advogado Leandro Vusberg, de 36 anos, ele estava sem fôlego e agitado.
O idoso tinha recebido alta da UTI, mas a família alega que ele não havia melhorado. O paciente morreu dois dias depois da visita do neto.
Publicado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o relato surge depois de o dossiê produzido por médicos e ex-funcionários da Prevent Senior ser entregue à CPI na última semana.
Pacientes vítimas do novo coronavírus tiveram certidões de óbito alteradas para mascarar o número de mortes pela doença e foram usadas em tratamentos experimentais.
Dossiê Prevent Senior
A pesquisa realizada Prevent Senior, apoiada por Jair Bolsonaro (sem partido), foi usada nas redes bolsonaristas para a defesa da prescrição médica de remédios sem eficácia comprovada no combate à covid-19.
Nove pacientes que foram usados como cobaias morrem nos testes, mas apenas dois óbitos constam no relatório final.
Assim que a denúncia chegou, a CPI convocou Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da empresa Prevent Senior, a depor.