6 influenciadores com autismo que destroem o preconceito
Talentosos e engajados, pessoas com Transtorno do Espectro Autista dão aula de respeito e civilidade nas redes sociais
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril para esclarecer a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, tem como objetivo diminuir o preconceito, aumentar o respeito e mostrar que os autistas não formam um grupo homogêneo, mas são indivíduos de uma diversidade espantosa.
Em comum, pessoas com TEA podem apresentar comprometimento de interação social, da comunicação verbal e não verbal e comportamento repetitivo e restritivo. Nunca é demais lembrar que o autismo não é transmissível, nem mesmo considerado doença.
Estima-se que 1% da população mundial esteja dentro desse espectro. No Brasil, teríamos mais de 2,1 milhões de indivíduos com TEA. Algumas dessas pessoas falam abertamente sobre o assunto nas redes sociais e, dessa forma, exercem um papel fundamental na conscientização o ano todo. Quer conhecer alguns deles? Acompanhe!
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Conheça 6 influenciadores com autismo
Daniela Sales
Criadora da página Vida de Autista, Daniela Sales, de 46 anos, conta como é a vida de um adulto dentro do espectro autista. Inclusive, ela escreveu o “Guia Prático para Autistas Adultos: Como Não Surtar em Situações do Cotidiano”.
Nas redes sociais, Dani, como é chamada, relata experiências pessoais e analisa o que passou sob o prisma do autismo. Diagnosticada com TEA leve em 2017, a condição passou a ser considerada moderada em 2021.
Julyana Maia
Neurobióloga, lésbica e autista, a carioca Julyana Maia, de 24 anos, revela suas experiências pessoais e trata de autismo e sexualidade.
Por meio de outros influenciadores, ela percebeu que poderia ser autista. Por isso, seu diagnóstico foi tardio, aos 22 anos. A partir daí, ela mudou de vida e criou o canal Atipicamente, no YouTube, e perfis no Instagram, TikTok e Kwai.
https://www.tiktok.com/@atipicamente__/video/7080175805644410117?is_copy_url=1&is_from_webapp=v1
Tio Faso
O designer autista Fábio Sousa, criador de “monstros fofos”, da página Se Eu Falar Não Sai Direito e do canal homônimo no YouTube, é ativista na conscientização do autismo desde que recebeu o diagnóstico, em 2018.
Tio Faso, como é conhecido, debate temas que misturam racismo e capacitismo nas redes sociais.
Ele conta como é conviver diariamente com suas questões pessoais e com o preconceito da sociedade.
Greta Thunberg
A ativista sueca Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg, de 19 anos, talvez seja a pessoa dentro do espectro autista mais famosa do mundo. Ela é uma liderança do movimento “Fridays for Future”, que defende o clima.
Por meio do Twitter, a jovem, que já foi até chamada de “pirralha”, não foge da briga e não se intimida com líderes mundiais.
Diagnosticada com síndrome de Asperger (que está no espectro autista), Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Transtorno Obsessivo-compulsivo e Mutismo Seletivo, Greta considera que “ser diferente é um superpoder”.
Selma Sueli Silva e Sophia Mendonça
Diagnosticada com TEA em 2016, a jornalista e escritora Selma Sueli Silva mantém o canal “O Mundo Autista” com a parceria da filha, Sophia Mendonça, uma mulher trans também autista.
No livro “Minha Vida de Trás pra Frente”, Selma, que só foi diagnosticada aos 53 anos, relembra a sua trajetória pessoal e profissional na comunicação pelo ponto de vista crítico de que se descobriu autista na idade adulta.
Além de “Minha Vida de Trás pra Frente”, ela também assina “Dez Anos Depois” (2018), “Camaleônicos” (2019) e “Autismo no Feminino” (2022).
Transtorno do Espectro Autista: Respeito
O Transtorno do Espectro Autista foi descrito pela primeira vez pelo médico austríaco Leo Kanner em artigo publicado no periódico “Nervous Child”, de 1943. Ao longo dos anos, muitas pesquisas foram realizadas e hipóteses levantadas, mas o assunto ainda não é bem compreendido.
O TEA afeta o processamento das informações no cérebro e apresenta níveis de comprometimento social, comportamental e comunicacional.
Como demonstrado nas pessoas citadas acima, existe uma grande variedade de casos. Por isso, nem sempre recebem o diagnóstico na infância, o que pode ocorrer entre 2 e 3 anos de idade.
Família, pediatras, professores, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e psicopedagogos, entre outros, podem ajudar uma pessoa com TEA a desenvolver todo o seu potencial.