Irã pede explicações ao Brasil sobre apoio ao ataque dos EUA

Além do Brasil, governo iraniano quer explicações de outros países que se manifestaram sobre o assassinato do general Soleimani

06/01/2020 23:19 / Atualizado em 08/01/2020 09:45

​​O governo do Irã convocou o representante do Brasil em Teerã, no domingo, 5, para pedir explicações sobre o posicionamento do governo brasileiro frente ao ataque dos Estados Unidos (EUA), no Iraque, que culminou na morte do general Qassem Soleimani, da Guarda Revolucionária do Irã. Soleimani foi atingido por um míssil na sexta-feira, 3.

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Irã pede explicações ao Brasil sobre apoio ao ataque norte americano
Irã pede explicações ao Brasil sobre apoio ao ataque norte americano - Agência Brasil/Tânia Rego

Como o embaixador do Brasil no Irã, Rodrigo Azeredo, está de férias, quem participou da reunião no Ministério deRelações Exteriores do iraniano foi a encarregada de negócios da embaixada, Maria Cristina Lopes. O Itamaraty confirmou a realização da reunião, mas não informou o que foi conversado. O que se sabe, é que na prática diplomática, uma convocação como está é um ato de repreensão.

“A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática”, informou o Ministério das Relações Exteriores, ao jornal ‘O Globo’.

O Itamaraty divulgou, na sexta-feira em que ocorreu o ataque, uma nota apoiando a ação dos EUA e dando a entender que a diplomacia brasileira considerava Soleimani um terrorista. “Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo”, diz um trecho do comunicado, intitulado “Acontecimentos no Iraque e luta contra o terrorismo”.

Após o ataque, no Brasil viralizou uma hashtag pedindo para o governo Brasileiro, em especial o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ficassem calados.