Jardinagem ajuda a recuperar e reduzir pena de detentas no Acre

Programa funciona como “terapia ocupacional” para recuperar mulheres em situação de prisão

02/04/2014 17:26 / Atualizado em 04/05/2020 14:27

No Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, no Acre, um grupo de mulheres está encontrando a reabilitação a partir do contato coma as plantas. Um viveiro criado no local recebe diariamente detentas que encontraram uma maneira mais prazerosa de ocupar o tempo de cárcere. Mais que isso, o cuidado com as plantas concede o benefício da remissão de pena – a cada três dias de trabalho no viveiro, elas têm direito a menos um dia de reclusão.

O objetivo é recuperar as mulheres em situação de prisão com uma atividade “terapêutica”: a jardinagem.
O objetivo é recuperar as mulheres em situação de prisão com uma atividade “terapêutica”: a jardinagem.

Atualmente, são oito mulheres em regime fechado que participam do programa. Para acessar o benefício da redução de pena, elas devem cumprir semanalmente 40 horas de trabalho, cultivando mais de 70 espécies de plantas.

Para as participantes, a atividade é quase uma terapia ocupacional. “Quando chego aqui, sinto que estou livre. O trabalho com as plantas me faz esquecer onde estou e tem me ajudado a seguir em frente”, diz Ana Ferreira (nome fictício), participante do programa, de 37 anos.

A agente penitenciária e engenheira agrônoma Tissiane Maciel, coordenadora do programa, acredita que o contato com a natureza deixa as mulheres mais tranquilas. “É visível a diferença entre as reeducandas ligadas ao cultivo das plantas e as demais. Aquelas em contato com a natureza, no cultivo das mudas, são mais calmas, enquanto as outras ficam mais ansiosas”, afirma.

Via Agência de Notícias do Acre.