Jardinagem ajuda a recuperar e reduzir pena de detentas no Acre
Programa funciona como “terapia ocupacional” para recuperar mulheres em situação de prisão
No Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, no Acre, um grupo de mulheres está encontrando a reabilitação a partir do contato coma as plantas. Um viveiro criado no local recebe diariamente detentas que encontraram uma maneira mais prazerosa de ocupar o tempo de cárcere. Mais que isso, o cuidado com as plantas concede o benefício da remissão de pena – a cada três dias de trabalho no viveiro, elas têm direito a menos um dia de reclusão.
Atualmente, são oito mulheres em regime fechado que participam do programa. Para acessar o benefício da redução de pena, elas devem cumprir semanalmente 40 horas de trabalho, cultivando mais de 70 espécies de plantas.
Para as participantes, a atividade é quase uma terapia ocupacional. “Quando chego aqui, sinto que estou livre. O trabalho com as plantas me faz esquecer onde estou e tem me ajudado a seguir em frente”, diz Ana Ferreira (nome fictício), participante do programa, de 37 anos.
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A agente penitenciária e engenheira agrônoma Tissiane Maciel, coordenadora do programa, acredita que o contato com a natureza deixa as mulheres mais tranquilas. “É visível a diferença entre as reeducandas ligadas ao cultivo das plantas e as demais. Aquelas em contato com a natureza, no cultivo das mudas, são mais calmas, enquanto as outras ficam mais ansiosas”, afirma.