Gestão Doria quer remover famílias da favela do Moinho
Ação é tentativa de reduzir ação de traficantes na cracolândia, que fica na região
A gestão Doria agora estuda remover as famílias que moram na favela do Moinho, no centro de São Paulo. A justificativa, segundo reportagem da “Folha”, é que a ação reduziria a ação de traficantes, já que a favela seria a principal fornecedora de drogas para a cracolândia, de acordo com a polícia.
Ainda não há detalhes sobre o projeto, e técnicos da Cohab procuram imóveis que estejam no entorno e possam abrigar as famílias.
Em junho, o jovem Leandro de Souza Santos, de 19 anos, foi baleado e morreu durante ação da Polícia Militar na favela.
Segundo o jornal, o prefeito João Doria autorizou que se avance no projeto há cerca de 15 dias, numa reunião sobre o Redenção, programa da prefeitura que atende usuários de crack. A ideia da remoção existe desde 2008, mas nunca foi levada adiante.
A partir do sinal verde dado por Doria, foi retomada a parceria para o projeto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para o projeto, que tem interesse em usar o terreno para ampliar a estação Júlio Prestes.
O terreno em questão pertence hoje a duas empresas privadas desde 1999, quando foi leiloado pelo antigo proprietário, a RFFSA (rede ferroviária federal) para pagar dívidas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Os moradores do Moinho entraram com ação coletiva de usucapião em 2008 e a Justiça deu decisão provisória assegurando a posse para os moradores até o julgamento final da ação, que não tem data para acontecer.
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