Jovem é importunada sexualmente em ônibus e grava suspeito

Importunação sexual agora é crime e pode render 5 anos de prisão

Uma jovem de 21 anos foi vítima de importunação sexual dentro de um ônibus na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao perceber o assédio, ela registrou o momento em que o homem a tocava sem consentimento. O caso ocorreu na manhã de ontem, 4. Assista as imagens aqui.

Ingrid Silva Calomino, 21 anos, seguia para o trabalho, sentada em um banco no fundo do ônibus quando um idoso começou a importuná-la.

 Jovem é importunada sexualmente em ônibus no litoral de SP e grava suspeito
Créditos: Reprodução/TV Tribuna
 Jovem é importunada sexualmente em ônibus no litoral de SP e grava suspeito

Durante o trajeto, a jovem disse ter sentido uma mão em seus cabelos. Ao G1, Ingrid disse “ter ficado esperta” já com esse sinal inicial de abuso. Pouco depois, ela diz ter sentido o toque novamente, desta vez em suas costas.

“Ele colocou a mão na lateral do meu corpo, mas veio para frente e começou a tocar meu seio. Fiquei muito nervosa, peguei o celular e comecei a gravar”, relatou ao G1.

Após o flagrante, a jovem conta que levantou do assento e começou a discutir com o desconhecido.

A jovem contou ainda que não recebeu apoio de outros passageiros que estavam no ônibus. Ela desceu em seguida e seguiu chorando para o trabalho, onde recebeu apoio.

A jovem registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município.  As imagens foram entregues à Polícia Civil para auxiliar na identificação do suspeito.

Importunação sexual agora é crime

Importunação sexual agora é crime, com pena prevista de um a cinco de prisão. A lei ganhou apelo no Legislativo após recorrentes casos de homens que se masturbaram em mulheres nos transportes públicos.

A lei também criminaliza a divulgação por vídeo e foto de cena de sexo, ou nudez, sem o consentimento da vítima. O mesmo vale para publicação de cenas de estupro.

A lei prevê ainda aumento da pena em até dois terços caso o crime seja praticado por pessoa íntima da vítima ou cuja finalidade seja motivada por vingança. Também aumenta em até dois terços a punição para estupro coletivo (quando envolve dois ou mais agentes) e estupro corretivo, quando o ato é praticado com objetivo de “controlar o comportamento sexual ou social da vítima”.