Jovem sofre estupro coletivo e está em estado grave
OAB divulgou nota de repúdio
Um homem de 22 anos foi estuprado e torturado por três homens em Florianópolis e está internado em estado grave. Ele foi violentado com objetos e abandonado em uma rua no centro da capital catarinense. Os agressores obrigaram a vítima a escrever “veado” no corpo com objetos cortantes.
O caso, que está sob sigilo, ocorreu na última segunda, 31, mas só foi divulgado agora.
As Comissões de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima da OAB-SC acompanham o caso e divulgaram uma nota sobre o crime. Leia, abaixo, o texto na íntegra:
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Florianópolis/SC, 03 de Junho de 2021.
NOTA DE REPÚDIO E DE SOLIDARIEDADE
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina, através das Comissões de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima, vêm a público manifestar repúdio ao crime bárbaro cometido na cidade de Florianópolis, contra um jovem gay de 22 anos, que de forma cruel foi torturado, estuprado e tatuado sob coação, com dizeres homofóbicos, permanecendo em estado grave no hospital.
As Comissões informam estar diligenciando esforços, junto às delegacias especializadas e entidades de proteção à comunidade LGBTQI+, na obtenção de informações sobre a apuração da autoria deste horrível crime e no auxílio jurídico e atenção aos familiares da vítima, manifestando, desde já, toda a solidariedade.
É mister reforçar o papel institucional destas Comissões, no sentido de trabalhar com a prevenção dessas violências, amparar as vítimas e buscar a punibilidade dos responsáveis por essa e inúmeras situações similares, que compõem um verdadeiro genocídio da população LGBTQI+, assistido frequente e cotidianamente no Brasil atual.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SECCIONAL SC
RAFAEL DE ASSIS HORN – PRESIDENTE COMISSÃO DE DIREITO HOMOAFETIVO E GÊNERO
MARGARETH DA SILVA HERNANDES – PRESIDENTE COMISSÃO DO DIREITO DA VÍTIMA
GIANE BRUSQUE BELLO – PRESIDENTE
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).