Juíza nega transferência de João de Deus a hospital
Magistrada diz não haver necessidade de atendimento médico especial
Após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinar, na última quinta (3), que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informasse, em até 48 horas, a situação de saúde do médium goiano João de Deus, a juíza Marli de Fátima Naves afirmou não haver qualquer variação no estado de saúde do médium que exija sua transferência do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO) para hospital particular. O médium está preso após centenas denúncias por abusos sexuais.
A decisão da magistrada contraria pedido da defesa do médium, que havia solicitado a transferência dele do presídio para um hospital particular de Goiânia para tratar problemas no coração.
Segundo a juíza, os exames diagnosticaram apenas a “discreta” presença de sangue na urina do paciente, sem infecção. Diante disso, o médico responsável recomendou que o retorno do médium à unidade prisional e a manutenção do acompanhamento ambulatorial “como já tem sido feito regularmente”.
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A juíza também afirma que “não há, até a presente data, qualquer notícia de intercorrência apta a exigir atuação de médico especialista em cardiologia”, conforme sugerido pela defesa do médium, que pede a transferência de João de Deus do complexo prisional para um hospital particular de Goiânia. De acordo com a magistrada, o pedido de transferência não tem “indicação médica ou encaminhamento”.
Suspeito de ter abusado sexualmente de mulheres que frequentavam o centro espírita Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, João de Deus está preso, em caráter preventivo, desde o dia 16 de dezembro. Seus advogados ajuizaram, no STF, um pedido para que João de Deus possa responder as acusações em liberdade. Devido ao recesso do Poder Judiciário, o pedido de habeas corpus será julgado pelo ministro Dias Toffoli.
O Ministério Público de Goiás já apresentou à Justiça estadual as primeiras denúncias contra o médium, por ao menos quatro casos investigados pela Polícia Civil e pelo MP, que continuam ouvindo outras mulheres que afirmam ser vítimas de João de Deus.
Com informações da Agência Brasil