‘Amor não é macarrão instantâneo, que fica pronto em 3 minutos’

Conhecida nas redes sociais por seu posicionamento crítico em relação a questões como saúde pública, atendimento humanizado e parentalidade ativa, a médica mineira Júlia Rocha teve um post viral no Facebook nos últimos dias. O assunto? Maternidade real.

No texto, ela reforça um ponto fundamental na discussão sobre sociedade e criação de filhos: a cobrança por perfeição que recai muitas vezes estritamente sobre a mulher.

Mulheres se sentindo culpadas por não amarem loucamente seus bebês recém nascidos. Calma, gente… amor não é macarrão…

Posted by Júlia Rocha on Sunday, February 4, 2018

Com mais de 5 mil reações, o post alcançou uma quantidade impressionante de mulheres que se sentiram representadas pelo sentimento de quase nunca conseguir alcançar o padrão de conduta esperado pelo imaginário social. Muitas delas compartilharam como se deu a construção diária dos vínculos afetivos com seus filhos.

“O primeiro sentimento certamente foi pânico!! – Meu deus, agora a sobrevivência desse ser humano depende de mim não posso falhar nem por 1 segundo. Depois ele foi entrando na nossa rotina de tal forma que pareceu que sempre estivesse ali até que um dia, de repente, olhei para ele e me dei conta de que amava loucamente aquele ser!”, disse Maria Lara Louzada.

Não acreditar na imagem meramente publicitária da “mãe perfeita” e do “amor instantâneo”. Essa é a mensagem do texto de Júlia Rocha.

O alcance da declaração da médica reforça a importância de lutar contra a romantização do exercício de ser mãe, como forma de naturalizar o fato de que a maternidade se realiza de forma muito individual para cada mulher.

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