Deixem as crianças sentirem: texto de ator sobre birra viraliza
Como agir diante de uma crise de birra das crianças? Essa talvez seja a pergunta que mais assombra quem tem filhos pequenos. Fala-se muito sobre disciplina positiva, educação afetiva e sobre nutrir um olhar empático para a angústia dos pequenos, mas como aplicar verdadeiramente esses conceitos na hora em que o bicho pega e a criança está chorando desesperadamente?
O ator norte-americano Justin Baldoni viralizou nas redes sociais nos últimos dias por conta de um texto sobre o assunto que publicou em seu Instagram.
No post, ele conta que estava com a filha e o pai, avô da menina, em um supermercado, quando a pequena Maya, de dois anos, começou a espernear e se jogou no chão.
Na foto que acompanha o texto, é possível ver os dois em silêncio, apenas observando o acesso de birra da menina. O que pode à primeira vista parecer uma cena de negligência, é na verdade uma tentativa de colocar em prática a tal educação para a empatia, em que o tempo da criança é considerado em primeiro lugar.
Em seu texto, Justin conta que aprendeu com o pai sobre o que é “estar confortável no desconfortável”, e defende a importância de os pais abrirem espaço para as crianças sentirem o que precisarem sentir naquele momento, sem interferir com atitudes repressivas.
“Não há pais perfeitos, mas uma coisa que meu pai me ensinou foi não criar meus filhos com base no que os outros pensam. Meu pai sempre me deixou sentir o que eu precisava sentir, mesmo que fosse público e embaraçoso. Eu não me lembro de ele nunca dizer “Você está me envergonhando!” Ou “Não chore!”, conta o ator.
O que era só um desabafo acabou se tornando uma defesa pública do tempo das crianças. O post pontua algo que é fácil esquecer quando a paciência já foi embora: o comportamento tanto dos adultos quanto das crianças é fruto de uma construção social, ou seja, dos estímulos que recebemos, principalmente da sociedade.
“Nossos filhos estão aprendendo e processando tanta informação que eles não sabem o que fazer com todos esses novos sentimentos que surgem. Tento me lembrar de assegurar a ela a certeza de que é permitido sentir as coisas profundamente”, escreveu.
“Não vamos nos envergonhar dos nossos filhos”, defende Justin. “Sejamos mais gentis e pacientes com a gente mesmo também. (…) Isso é algo de que o mundo está definitivamente precisando”, sugere.
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