Karol Conka revela ter sido molestada pelo namorado de sua amiga

A rapper incentivou que as mulheres denunciem seus agressores

27/11/2018 23:15 / Atualizado em 05/08/2019 16:43

Karol Conka relatou ter sido vítima de assédio por namorado de uma amiga
Karol Conka relatou ter sido vítima de assédio por namorado de uma amiga - Reprodução/Facebook

A rapper Karol Conka se tornou mais uma artista a se posicionar contra o assédio sexual às mulheres e acabou revelando ter vivenciado uma experiência de abuso praticada pelo namorado de uma de suas amigas.

Em entrevista à revista Marie Claire, a cantora contou que nunca foi vítima de violência física, “mas já aconteceu do namorado da minha amiga me molestar durante a noite enquanto eu dormia na casa dela”.

“Fui contar para ela, mas ela não acreditou em mim. Preferiu acreditar no que ele disse. Aí a gente aprende a não contar. Ele também era meu amigo e todo mundo se conhecia”, completou.

Karol Conka assume namorado e é atacada pela cor da pele dele

Apesar de não ter tido o apoio da amiga, Karol Conka incentiva que as vítimas desse tipo de crime não se calem, que denunciem seus agressores, seja por assédio sexual ou moral, a fim de amedrontá-los, como uma forma de evitar a perpetuação da prática.

“Chega uma hora que, se você não tem apoio de ninguém, tem de usar a própria força física. Já tive de usar isso para impedir um assédio. Depois a ruim sou eu. Eles têm medo de escândalo. Eles têm de pensar que vão se dar mal. A gente não pode recuar”, afirmou a artista.

Karol Conka incentivou que as mulheres denunciem seus agressores
Karol Conka incentivou que as mulheres denunciem seus agressores - Reprodução/Instagram

Como denunciar assédio sexual ou estupro?

O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você esteja vestindo, de que modo você está dançando ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.

No Brasil, não há um crime específico que trate do assédio que ocorre na rua ou em outros espaços públicos. Isso, entretanto, não significa que estas condutas ficam impunes, já que as violências que chamamos de assédio podem configurar diversos tipos de atos ilícitos (crimes, contravenções penais ou até mesmo um ilícito civil).