Mãe de Henry era agredida por Dr. Jairinho, dizem novos advogados
A nova defesa de Monique afirma que ela também era vítima do comportamento violento do vereador; leia nota dos advogados
Os novos advogados de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, apresentaram alegações sobre a relação dela com o vereador Dr. Jairinho e querem realizar um novo depoimento à polícia. De acordo com a defesa, ela também sofria violência física.
Abaixo, leia o comunicado da defesa de Monique:
“Dentro do objetivo de atuar com a verdade, a defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição pelo senhor delegado de polícia que preside o inquérito e faz um público apelo, para a referida autoridade policial, neste sentido. Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para “calar Monique” ou não se buscar a verdade por completo.”
“A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança”
Caso Henry
Henry morreu na madrugada do dia 8 de março no apartamento onde moravam Dr. Jairinho (padrasto) e Monique Medeiros (mãe), na Barra de Tijuca, Zona Oeste do Rio. A Polícia Civil suspeita que o menino tenha sido espancado pelo padrasto e não resistiu aos ferimentos.
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Para o delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação da morte do menino, não há dúvida de que o vereador Dr. Jairinho foi o autor das agressões que mataram o menino e de que a mãe dele, Monique, foi conivente.
Thayna de Oliveira, a babá de Henry, confirmou a rotina de tortura a qual o menino era submetido, em depoimento à Polícia. Segundo ela, além da mãe, tios e avó materna sabiam dos espancamentos.
De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), Henry tinha 23 lesões severas quando morreu. Tantos ferimentos não são compatíveis com a versão inicial dada pelo casal de que o menino teria sofrido uma queda da cama.
Segundo o laudo hospitalar, o corpo do menino apresentava as seguintes condições ao chegar ao hospital:
– múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
– infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, – lateral e posterior da cabeça;
– edemas no encéfalo;
– grande quantidade de sangue no abdome;
– contusão no rim à direita;
– trauma com contusão pulmonar;
– laceração hepática (no fígado);
– hemorragia retroperitoneal.