Maioria do TRF vota por pena maior a Lula no caso do sítio em Atibaia
A votação acontece porque a defesa do ex-presidente pediu a anulação ou a absolvição de Lula nesse processo
Nesta quarta-feira, 27, os juízes João Pedro Gebran Neto, que é o relator, e Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), votaram pela condenação em 2ª instância e aumento da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no caso do sítio em Atibaia (SP), para 17 anos, um mês e 10 dias.
A condenação vai na contramão da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que anulou duas condenações da Lava Jato. O julgamento começou às 9h e ainda falta votar o juiz Carlos Thompson Flores.
Em fevereiro deste ano, Lula foi condenado em 1ª instância a 12 anos e 11 meses de prisão por ter feito reparos no sítio para favorecer empreiteiras em contratos da Petrobras.
A votação acontece porque a defesa do ex-presidente pediu a anulação ou a absolvição de Lula no caso do sítio alegando falta de provas e falta de imparcialidade do então juiz Sérgio Moro – atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
Gebran e Paulsen defenderam, porém, a absolvição de dois amigos do petista, sendo o advogado Roberto Teixeira e o pecuarista José Carlos Bumlai.
Lula está solto desde o dia 8 deste mês e já cumpriu um sexto da pena no caso do tríplex de Guarujá (SP), mas não voltará ao regime fechado, neste caso, por decisão do Supremo.
Uma nova prisão só poderá ocorrer caso não haja mais nenhuma possibilidade de recurso, o que não é o caso. As informações são da Folha de S. Paulo.