Mais de 189 milhões de árvores foram derrubadas no Xingu em 2019
O desmate promovido no ano passado é superior ao tamanho do município de São Paulo
Seis árvores foram derrubadas por segundo na bacia do Xingu em 2019, o que corresponde a mais de 168 mil hectares desmatados e cerca de 189 milhões de árvores destruídas no ano inteiro.
Os dados são do 16º boletim Sirad X, sistema de monitoramento de desmatamento da Rede Xingu +, que realiza levantamentos graças a uma articulação de indígenas, ribeirinhos e parceiros que vivem ou atuam na bacia do Xingu.
O desmate promovido no ano passado é superior ao tamanho do município de São Paulo. A agropecuária, que explora e mata animais sencientes, a grilagem de terras, o garimpo, as queimadas, a ação de madeireiros e a sensação de impunidade, diante dos desmonte dos órgãos fiscalizadores promovido pelo governo Bolsonaro, são os responsáveis por tamanha destruição.
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Desmatamento da Amazônia foi o maior em 10 anos
Em meio aos retrocessos do governo Bolsonaro para o meio ambiente e à pandemia, o desmatamento da Amazônia em abril foi o maior dos últimos 10 anos, com 529 km² da floresta derrubada.
No mês passado, o aumento foi de 171% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
De acordo com o Imazon, 32% da área desmatada está localizada no Pará. Em seguida, os estados com taxas de desmatamento são Mato Grosso (26%), Rondônia (19%), Amazonas (18%), Roraima (4%) e Acre (1%).
Considerando o período de janeiro a abril de 2020, o desmatamento acumulado é de 1.073 km², o que representa um aumento de 133% em relação ao mesmo período de 2019, quando o desmatamento totalizou 460 km².
No mês passado, a maioria (60%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em Unidades de Conservação (22%), Assentamentos (15%) e Terras Indígenas (3%).
A organização alertou também sobre o desmatamento em terras indígenas, que são os povos mais vulneráveis à covid-19. Confira os dados neste link.