Mário Frias diz que historiador negro ‘precisa de um bom banho’
Depois, o secretário de Cultura apagou a postagem
Nesta quinta-feira, 15, Mário Frias, secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), gerou mais uma polêmica no Twitter. Desta vez, no entanto, ele não chamou a atenção por causa de erros de português, mas pelo conteúdo racista da postagem.
Em seu perfil no Twitter, Frias disse que o historiador Jones Manoel “precisa de um bom banho”. Depois, devido a repercussão negativa ou por ter sido avisado que racismo é crime no Brasil, o secretário apagou a postagem.
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Tudo começou quando Tercio Arnaud, secretário especial da Presidência da República, postou o comentário do professor negro em que ele dizia ter comprado “fogos para eventual morte de Bolsonaro”.
Na legenda da imagem, Arnaud questionou quem seria “Jones Manoel”.
“Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho”, respondeu Frias.
Jones, que tem um canal no YouTube com mais de 165 mil inscritos, disse que Frias cometia seu “crime de racismo diário”.
Como denunciar racismo
Casos como esses estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.