Rejeitada por amar insetos, Sophia, 8, escreve artigo científico

A americana Sophia Spencer tem oito anos e é aficionada por insetos, pesquisando e conhecendo as novas espécies. Na escola, a pequena vivia sendo alvo de bullying por seus gostos peculiares.

Engajada em deixar essa fase para trás e incentivar a pequena a valorizar os seus conhecimentos e interesses, a mãe da menina escreveu uma carta para a Sociedade Entomológica do Canadá. Para a surpresa, começava ali uma transformação efetiva na auto-imagem da filha, graças à ajuda do pesquisador Morgan Jackson.

Na cartinha (abaixo), a mãe pede ajuda para encorajar a pequena a não abrir mão de seus sonhos, e também para superar o bullying que sofria dos amiguinhos.

“Ela constantemente sofre bullying na escola pelos colegos por orgulhosamente exibir seu amigo inseto em seus ombros”, disse a mãe na cartinha.
“Ela constantemente sofre bullying na escola pelos colegos por orgulhosamente exibir seu amigo inseto em seus ombros”, disse a mãe na cartinha.

“Se alguém pudesse conversar com ela só por cinco minutos, ou que pudesse se corresponder com ela por contar, eu agradeceria muito”, escreveu a mãe.

A história da pequena não só foi acolhida pelo Instituo, como motivou a criação de uma campanha para estimular o interesse das crianças pelas ciências, a partir da hashtag #BugsR4Girls (#InsetosSãoParaCrianças).

Publicada no Twitter da instituição, a carta gerou grande comoção nas redes sociais, com mensagens de todo o mundo chegando para incentivar a menina a não desistir de sua futura carreira de pesquisadora.

A pequena Sophia, de oito anos, ao lado do pesquisador e mais novo amigo Morgan Jackson.
A pequena Sophia, de oito anos, ao lado do pesquisador e mais novo amigo Morgan Jackson.

A repercussão foi tanta que o pesquisador resolveu convidar a pequena para ajudá-lo a escrever um artigo, em uma edição especial do Annals of the Enomological Society of America.

Em sua parte do texto, Sophia compartilha com o resto do mundo sua paixão por lesmas, centopeias e caracóis, e conta que seus insetos preferidos são os gafanhotos saltadores.

A história reforça a importância de praticar uma escuta ativa das necessidades das crianças, a fim de incentivá-las em seus interesses e ajudá-las a superar seus medos e inseguranças.

Depois do acontecido, a percepção dos colegas de escola sobre a menina se transformou, e ela se tornou muito mais confiante em suas aspirações de vida.

“Agora tenho um microscópio que alguém me enviou, e quando o levo para a escola sempre que as crianças encontram um inseto vêm e me dizem e dizem ‘Sophia, Sophia, encontramos um inseto!’“.

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